Quando se trata de forças armadas, os pilotos de caça têm lugar de destaque. São necessariamente combatentes com habilidade extrema. Mas não insuperáveis. Neste mês, um computador venceu um experiente piloto da aeronáutica norte-americana em um duelo aéreo simulado (“dogfight”, no termo em inglês).
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O software de inteligência artificial chamado Alpha foi desenvolvido por profissionais da Universidade de Cincinnati em parceria com a força aérea dos Estados Unidos. Ele já havia vencido outros sistemas inteligentes, mas, agora, bateu Gene Lee, ex-coronel, instrutor tático e coordenador de missões da força aérea norte-americana. O piloto humano participou de milhares de missões, comandando ou pilotando, e nos últimos anos se dedica a testar máquinas semelhantes a que lhe derrotou.
A vitória da inteligência artificial se deu em uma série de duelos -- venceu todos. Em um comunicado, Lee chamou o sistema de “o mais agressivo, ágil, dinâmico e confiável que já viu”. “Fiquei surpreso com o quão consciente e reativo ele era. Parecia estar ciente das minhas intenções e reagiu instantaneamente às minhas mudanças de voo e aos lançamentos dos mísseis. Ele sabia se defender dos meus disparos. Também se movia entre as ações de defesa e ataque conforme era necessário”, completou o piloto humano.
Segundo o estudo, publicado no Journal of Defense Management, o Alpha usa conceito de lógica difusa. Basicamente, a inteligência artificial resolve problemas complexos da forma como um humano faria, dividindo em questões menores. Assim, ele resolve as variáveis de forma veloz, resultando na resolução do problema como um todo – que neste caso pode ser se defender, movimentar e atirar ao mesmo tempo – de forma muito mais rápida que outros sistemas.
Mas, pelo menos na teoria, o mundo pode ficar tranquilo. Os desenvolvedores dizem que o programa foi elaborado apenas para fins de pesquisa.
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