Google é uma das empresas que querem demarcar território na tecnologia de autônomos| Foto: /Divulgação

Se você tem pesadelos com robôs dominando o mundo, aqui vai algo que realmente te assustará: alguns veteranos da tecnologia de Seattle, nos Estados Unidos, querem banir os humanos de um trecho de 150 milhas da Interstate 5 e reservá-lo para carros, ônibus e caminhões autônomos

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Esta parte da estrada deve ser usada como campo de testes para veículos sem motorista, de acordo com a controversa proposta, que sustenta que esta tecnologia poderia salvar vidas, aliviar congestionamentos e ser mais econômica do que construir um sistema ferroviário de alta velocidade.

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Tom Alberg, co-fundador do Madrona Venture Group e conselheiro da Amazon.com, e Craig Mundie, um ex-executivo da Microsoft, apresentaram o plano, em uma conferência internacional de inovação em Vancouver, Canadá, patrocinada pela Microsoft. Eles sugerem implantá-lo em cerca de uma década, começando com a permissão para que carros autônomos transitem em uma das pistas.

Em entrevista, Alberg disse que os carros autônomos podem levar “dois anos, cinco anos ou 10 anos” para se tornarem populares. “Mas isso vai acontecer e estou convencido de que eles serão mais seguros do que os veículos com motoristas humanos. Por que não começar a se planejar para isso agora?”

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Se os líderes governamentais de ambos os lados da fronteira montarem uma equipe para estudar este plano, vão atrair investimentos de Google, Uber, Ford e General Motors, disse Alberg, acrescentando que isso iria colocar a região na vanguarda da inovação e diferenciá-la de cidades como Chicago, onde um vereador quer proibir carros autônomos alegando questões de segurança.

A segurança se tornou um ponto central desde que um homem morreu na Flórida após seu veículo Tesla Model S, quando estava no modo “piloto automático”, não conseguir reagir a um caminhão que cortou a sua frente.

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Desde então, a Tesla tem procurado relativizar o incidente, apontando que esta foi a primeira fatalidade de que se tem notícia em mais de 130 milhões de milhas percorridas com seu sistema de pilotagem automática, em comparação com uma morte a cada 94 milhões de milhas nos carros tradicionais.

A Administração Nacional de Segurança Rodoviária deve publicar em breve orientações sobre veículos autônomos como uma forma de ajudar os estados a elaborarem suas próprias leis. Mas, mesmo na ausência de legislação, montadoras e empresas do ramo do transporte estão se movimentando rapidamente para demarcar suas posições. Uber está realizando testes com autônomos em Pittsburgh, enquanto o Google testa a sua própria tecnologia na Califórnia, no Arizona, em Texas e em Washington.

A proposta da rodovia Seattle-Vancouver desenha um plano de dez anos que regula, inicialmente, que carros e caminhões autônomos trafeguem em pistas exclusivas e, posteriormente, que apenas os carros sem motorista circulem nos horários de pico.

Os motoristas humanos seriam autorizados a rodar na estrada entre as 8h e 4 horas da manhã.

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Os autônomos iriam carregar mais pessoas e mercadorias com a infraestrutura existente, já que poderiam viajar em velocidades mais altas e com menos de frenagem, diz o relatório. “Esta proposta não é para os tímidos. Será inicialmente controversa devido ao ceticismo natural com os autônomos e à falha em reconhecer seus benefícios”, aponta o relatório. Mas “a adoção ampla e universal dos veículos sem motorista é inevitável.”