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Internet com velocidade e mobilidade já andam juntas. Com as possibilidades da conexão wi-fi e via celular, acessar a rede sem a necessidade de fios fica cada vez mais fácil. Porém, antes de optar por uma tecnologia, é importante conhecer as possibilidades e saber as particularidades de cada um dos sistemas. O wi-fi é a internet doméstica sem fio, muito usada em ambientes fechados, já a transmissão de dados via celular depende do sinal da operadora de telefonia móvel para funcionar. Além dessas características básicas, existem nuances que fazem as duas soluções serem ideais em diferentes situações e aplicações.

"A conexão wi-fi está associada aos provedores de internet e ainda fica restrita a lugares como cafés, aeroportos e hotéis", comenta o diretor da consultoria Teleco, Huber Bernal Filho. Com uma banda bem melhor que a via celular – 54 Mbps de taxa de transmissão nominal, e entre 5 e 19 Mbps reais – , o computador ligado ao wi-fi necessita da disponibilidade de hotspots (áreas de cobertura sem-fio).

Esses pontos são gerados por um equipamento de distribuição, o access point, que transmite o sinal da internet captado por um modem. Em Curitiba, o BrTurbo, da Brasil Telecom, em parceria com a operadora Vex oferece 15 pontos de conexão; no Brasil, eles são cerca de 600. Para conseguir acessar a internet em um hotspot público, é preciso ter uma assinatura de serviço wi-fi. O valor do serviço mensal custa em torno de R$ 35, mas é possível encontrar promoções em que ele sai por até R$ 15.

O wi-fi também pode ser instalado em casa ou no escritório e, nesse caso, independe de assinatura específica. Basta comprar um access point doméstico, também chamado de roteador (ou router), que custa em torno de R$ 250, ligá-lo ao modem da banda larga, e usufruir do sinal da internet em um raio de até 90 metros. Vale ressaltar que a velocidade da internet captada pelo notebook ou pelo PDA fica limitada pelo plano do usuário. No caso de um pacote ADSL de 600 Kbps, por exemplo, essa será a taxa de transmissão obtida nos aparelhos eletrônicos. Por mais que uma rede wi-fi seja capaz de distribuir dados a até 5,4 Mbps, ela não pode "turbinar" o sinal que chega até a casa do internauta.

A tecnologia de conexão via celular possibilita o acesso à internet sem a necessidade de hotspots. Isso significa que em qualquer lugar que haja rede de telefonia móvel é possível ficar on-line. Essa cobertura se estende por cidades inteiras (e até ao longo das principais estradas), o que significa que a conexão via celular pode ser um substituto para o sistema banda larga. "Optei pelo serviço porque precisava de uma internet com mais velocidade que a conexão discada, e aqui onde moro não chegam redes de ADSL",conta o morador de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, Aldemir Batista.

A banda de conexão depende da tecnologia celular empregada. Batista assina o Vivo ZAP 3G, que utiliza o CDMA e possibilita uma taxa de até 2,4 Mbps. "Em capitais como São Paulo e Curitiba, o cliente tem acesso a essa rede mais rápida. Porém, não são todas as cidades do interior do país que contam com o EV-DO (tecnologia que garante a agilidade do sistema). Nesse caso, o cliente utiliza os serviços da rede 1xRTT, a qual tem uma velocidade de 144 Kbps", explica o gerente de ofertas da operadora, Fábio Freitas.

O GSM, sistema da TIM, conta com uma banda mais estreita que a do CDMA da Vivo. A tecnologia EDGE, oferecida hoje pela TIM nos grandes centros, chega a 240 Kbps. A taxa do GPRS, sistema anterior disponível em cidades menores, é de 40 Kbps. "Não estamos oferecendo um serviço de internet banda larga e sim planos de conexão a internet sem fio", ressalta o diretor da regional sul da empresa, Guilherme Pimentel.

Além disso, essa é sem dúvida a melhor opção para quem viaja muito e precisa acessar informações o tempo todo. O preço do plano da conexão por telefone móvel depende da quantidade de megabytes que o cliente assina para receber por mês. Atualmente, existem pacotes 40 MB até os que oferecem acesso a uma quantia ilimitada.

Os preços de pacotes de conexão oferecidos pelas operadoras de telefonia celular variam muito de uma empresa para a outra (ver quadro). Por exemplo, o pacote de 1 GB da Vivo custa R$ 99,90 e o da TIM, R$ 69.

Corporativo

Devido ao trabalho, o gerente de turismo Alexandre de Carvalho passou cerca de um ano usando o serviço wi-fi. "Embora não fosse a melhor conexão, era muito útil. Eu viajava bastante e precisava acessar programas on-line utilizados pela empresa a todo momento", lembra.

O caso de Carvalho é o mesmo da maioria dos usuários desse tipo de conexão. Segundo Bernal Filho, da Teleco, o serviço sem fio ainda está muito ligado ao uso corporativo. "Tem quem goste de ficar o tempo todo conectado, mas a maioria das pessoas usa a conexão sem fio para o trabalho", diz.

Embora seja essa a realidade hoje, o gerente de ofertas da operadora Vivo acredita que o uso da internet sem fio apenas para o trabalho deve acabar. "Quando lançamos o serviço de conexão via celular, os notebooks eram caros e os usuários poucos. Mas o cenário mudou muito de lá para cá, devido a baixa dos preços do aparelho. Quem compra um computador quer internet e quem tem um notebook, mobilidade. O casamento dessas duas necessidades ocasiona a popularidade do serviço", afirma.

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