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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informou nesta segunda-feira (9) que as intervenções da autoridade monetária para "irrigar" o mercado de câmbio já somaram US$ 61 bilhões.

As atuações do BC acontecem desde a piora da crise financeira internacional - com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers em meados do mês de setembro.

O BC tem atuado por meio de quatro instrumentos para tentar conter a alta do dólar - que pode impulsionar a inflação no país e prejudicar empresas brasileiras com dívidas em moeda estrangeira.

Os instrumentos são: vendas diretas das reservas no mercado à vista; leilões de linha (empréstimos com compromisso de recompra, sem destinação específica); vendas de contratos de "swap cambial" (que funcionam como uma venda de divisas no mercado futuro, o que contribui para uma pressão menor sobre o dólar negociado à vista) ou não rolagem de "swaps reversos"; além dos empréstimos para o financiamento às exportações.

De acordo com o BC, a autoridade monetária colocou, por meio das vendas diretas ao mercado, US$ 14,3 bilhões das reservas internacionais. Além disso, ofertou US$ 13,4 bilhões para o comércio exterior. Também foram emitidos US$ 33,3 bilhões em contratos de "swap cambial". A soma total dos instrumentos soma US$ 61 bilhões.

Compulsórios

O presidente do Banco Central confirmou ainda nesta segunda-feira que a injeção de recursos no sistema financeiro, por meio da liberação de depósitos compulsórios - recursos que têm de ser mantidos na autoridade monetária pelas instituições financeiras - já somou R$ 99,2 bilhões.

"Entre as medidas tomadas que visaram enfrentar os efeitos da crise, até o final de janeiro, R$ 99,2 bilhões em compulsórios [foram liberados]. Isso foi de novo uma das vantagens. O Brasil não precisou usar recursos públicos para injetar liquidez no mercado", disse Meirelles.

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