São Paulo A coordenação nacional do movimento A Via Campesina, organização internacional de pequenos agricultores, acusa a multinacional Syngenta Seeds de desrespeitar as leis ambientais do País. Há três meses e meio, militantes da Via Campesina ocupam uma fazenda experimental de 123 hectares, em Santa Tereza do Oeste, a seis quilômetros do Parque Nacional do Iguaçu, onde a Syngenta faz pesquisas com soja e milho transgênicos. Os militantes prometem ainda resistir na área, transformando-a numa espécie de parque de preservação de espécies nativas.
"A Syngenta atropelou a lei brasileira que proíbe experimentos com transgênicos em áreas próximas aos parques nacionais, numa faixa de proteção de dez quilômetros chamada zona de amortecimento", disse Roberto Baggio, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Sem-Terra (MST) e da Via Campesina. Segundo o Baggio, as famílias que ocupam a área da empresa já começaram a plantar árvores nativas da região. "Vamos recuperar a biodiversidade e amenizar os impactos negativos dos experimentos", disse ele. A Via Campesina conta com o apoio de organizações como o Greenpeace.
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