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Vigor

R$ 104 bi em títulos como ações, debêntures e notas promissórias foram emitidos pelo setor privado nacional neste ano. O valor equivale a 83% do total emitido por empresas e bancos durante todo o ano passado.

São Paulo – Cada vez mais pessoas têm aplicado em fundos de investimentos. Mas, se o investidor brasileiro tem aprendido que pode ser vantajoso buscar diversificação e melhores retornos para suas economias, ainda não está preocupado em saber detalhadamente os riscos embutidos em cada fundo.

Um exemplo relativamente recente do que seria o maior risco representado pelo setor privado em relação ao público é o caso do banco Santos. Muitos fundos tinham em suas carteiras CDBs emitidos pela instituição financeira quando ela sofreu intervenção do BC no fim de 2004. Com sua falência, esses títulos perderam o valor que tinham e engoliram a rentabilidade das aplicações.

Os CDBs são emitidos pelos bancos e vendidos ao mercado. Esse título paga uma taxa de juros e seu risco está diretamente ligado à saúde financeira da instituição. Se o banco quebrar, o valor do CDB irá evaporar, levando junto as economias de quem aplicou nele (ou em um fundo que o tinha).

Independentemente do fundo em que invista, o cliente tem o direito de pedir ao gestor detalhes da composição da carteira da aplicação. Essa é uma boa forma de se ter uma idéia mais precisa do perfil do investimento que se está fazendo. "O investidor pessoa física tem direito, mas não costuma se preocupar em saber o que há na composição da aplicação e nem os riscos que cada título que estão na carteira representam'', afirma Pedro Paulo Silveira, economista da Gradual Corretora. "Boa parte dos clientes não tem consciência de que passou nos últimos anos a correr, em tese, riscos maiores de crédito quando investe'', diz.

A diversificação do perfil das carteiras de investimentos fez com que crescesse nos últimos anos a demanda por títulos privados. Dessa forma, as emissões de papéis como debêntures e ações tiveram recentes picos históricos de volume ofertado no mercado.

O mercado acionário tem sido um importante destaque no ano. Foram 80 emissões de ações no ano até o momento – dentre estréias na Bolsa e papéis novos de companhias que já tinham capital aberto –, totalizando R$ 40,3 bilhões.

Esse volume acompanha o crescimento da participação dos fundos de ações na indústria de fundos brasileira. Os fundos de ações representam atualmente 10,8% do mercado total, sendo este o maior percentual desde 1997.

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