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Algumas informações úteis para quem quer acompanhar uma oferta pública inicial de ações.

A informação é limitadaPela regra brasileira, corretoras e bancos que participam da oferta – ou seja, que servem como intermediário na emissão de ações – não podem opinar sobre o investimento. Eles podem dar informações públicas sobre o negócio, mas são proibidos de dizer se é ou não uma opção boa para determinado investidor. Assim, não adianta perguntar a um corretor se ele indica a compra do papel. Se o fizer, ele pode ser punido e a empresa para a qual trabalha pode ser excluída da oferta.

Leia o prospecto

O prospecto de uma emissão de ações é um documento enorme – a maioria tem mais de 500 páginas – com todas as informações possíveis sobre a empresa, incluindo a forma como é organizada a oferta. Quem quiser aproveitar um IPO deve dar atenção a esse calhamaço, em especial às seções que descrevem os riscos inerentes ao negócio.

A bolsa brasileira quer crescer e atrair mais empresas, mas o cenário não anda bom. O índice Ibovespa, que mede o desempenho das 69 ações mais negociadas, ainda opera abaixo do nível de dezembro de 2010. Essa é a principal razão para um número baixo de ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês usada no mercado). Neste ano, foi apenas uma – a companhia de software Linx, que estreou há duas semanas – e não há muitas perspectivas de novos lançamentos.

As expectativas das pessoas que acompanham o mercado se limitam a duas empresas, cujos IPOs são esperados para 2013. A maior delas envolve o Banco do Brasil, que prepara a abertura de capital de sua subsidiária no segmento de seguros, previdência privada e capitalização, a BB Seguridade. Sete bancos já foram contratados pela estatal para preparar a emissão de ações – um meganegócio estimado em R$ 5 bilhões, que deve ocorrer ainda neste primeiro semestre.

O outro grande negócio diz respeito ao programa de milhagem da companhia aérea Gol, o Smiles. O conselho de administração da empresa já aprovou um pedido de registro de companhia aberta para o Smiles – este é o primeiro passo para uma oferta de ações. Ao fazer isso, a companhia segue o mesmo caminho que sua concorrente TAM, que abriu em fevereiro de 2010 o capital da Multiplus, empresa originada a partir do seu programa TAM Fidelidade.

"Esses são negócios mais antigos, bem conhecidos e bem estabelecidos", comenta Luiz Pacheco, sócio da empresa de investimentos Inva Capital e analista de ações. "Por isso há gente interessada. Se a empresa é boa vai haver um interesse natural", diz. Se essas empresas se saírem bem, pode haver novas ofertas. Caso contrário, pode-se ficar por aí. Nesse caso, o movimento poderia ser semelhante àquele registrado no ano passado. Em abril daquele ano, ocorreram três ofertas iniciais em apenas oito dias. Depois, mais nada.

A lógica do mercado manda que as ofertas sejam mais frequentes em momentos do mercado em alta. "Quem vai fazer uma oferta pública está interessado em obter a maior captação possível, por isso é bem provável que os IPOs apareçam em momentos de euforia, quando as pessoas estão dispostas a pagar mais", explica André Hayashi, da CTM Investimentos.

Para este ano, entretanto, a tendência é que a bolsa continue ruim – em um mês e meio de operação, o índice Ibovespa já acumula queda de 5,48%. Hayashi diz que há setores que já são considerados caros, como o de consumo, por exemplo.

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