O grupo italiano de investimentos Compagnia Aerea Italiana (CAI) informou nesta quinta-feira que retirou sua oferta pela Alitalia, uma decisão que deve levar à liquidação da empresa aérea e criar vários transtornos aos passageiros. Dessa maneira a Alitalia, que está em concordata, deve ficar sem um comprador.
Em comunicado, a CAI disse que as condições de mercado não permitem uma nova oferta ou o prosseguimento das negociações com os nove sindicatos da Alitalia. As negociações foram encerradas inesperadamente hoje, depois que seis sindicatos de pilotos e representantes da tripulação rejeitaram a proposta de corte salarial feita pela CAI.
Além do corte salarial, o plano da CAI incluía propunha aumento de produtividade, mas os sindicatos estavam dispostos a aceitar apenas a segunda parte da proposta.
Responsabilidade
O maior sindicato da Itália, CGIL, anunciou que assume a responsabilidade pela rejeição ao plano da CAI. O secretário-geral da CGIL, Giulio Epifani, disse que irá trabalhar com Augusto Fantozzi para manter a empresa em operação. Fantozzi é o administrador da Alitalia escolhido pelo governo, que controla 49,9% da companhia aérea.
Cabe agora a Fantozzi decidir se mantém a Alitalia em operação. "Fantozzi disse várias vezes recentemente que os vôos poderiam estar ameaçados por falta de dinheiro para garantir o fornecimento de combustível", disse uma fonte do governo próxima às negociações. Segundo a fonte, o próximo passo seria Fantozzi declarar a falência da empresa.
Fabio Berti, representante de um dos sindicatos de pilotos, disse que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi deverá se envolver nas negociações, já que a Itália se vê agora diante de um problema de transporte.
O departamento de aviação civil da Itália, ENAC, convocou hoje uma reunião com Fantozzi para verificar se existem condições para a Alitalia manter sua licença para voar. As informações são da Dow Jones.
Aposentados de 65 anos ou mais têm isenção extra de IR, mas há “pegadinha” em 2024
Esquerda não gostou de “solução” para o rombo compartilhada por Haddad; o que diz o texto
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto
Deixe sua opinião