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O volume total de investimentos no setor de mineração no Brasil no período de 2010 a 2014 deverá alcançar US$ 62 bilhões, informou nesta segunda-feira (9) o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O órgão elevou sua estimativa para o valor total de investimento no período, que anteriormente era de US$ 54 bilhões.

"É um novo recorde", informou o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna. "Entraram novos projetos desde que fizemos a revisão de abril", explicou o executivo que vê otimismo no setor com a melhora da Europa e a continuidade de crescimento da China.

Além de vários pequenos projetos de ouro, entraram na lista de investimentos confirmados uma unidade de pelotização e um mineroduto da Samarco; um projeto de vanádio na Bahia e um de cobre em Santa Catarina, entre outros.

Penna prevê que este ano o país baterá também o recorde em valor da produção mineral, atingindo US$ 35 bilhões, sendo US$ 20 bilhões provenientes do minério de ferro. O recorde anterior era de US$ 28 bilhões em 2008, reduzidos para US$ 24 bilhões com a crise em 2009.

Além do minério de ferro, o Brasil produz entre outros minerais nióbio, níquel, manganês, ouro, bauxita, caulim e estanho.

Balança 2010

Ele informou também que o saldo comercial do setor mineral este ano vai superar o da balança comercial, e só não será melhor devido ao peso das importações de fertilizantes.

"A estimativa para a balança é de um saldo de 16 bilhões de dólares, vamos atingir no setor mineral um saldo de US$ 18,5 bilhões", disse Penna, ressaltando que a maior parte desse saldo se refere ao minério de ferro.

De acordo com Penna, as exportações do setor mineral devem ficar em torno de US$ 25 bilhões este ano - sendo US$ 20 bilhões em minério de ferro - e as importações em US$ 6,5 bilhões, sendo que cerca de US$ 3 bilhões em minerais utilizados em fertilizantes.

"É preciso ter uma ação do Estado, um país que tem no setor agrícola uma das suas principais forças não pode ser assim", disse referindo-se ao fato de o Brasil ser grande importador de fertilizantes apesar de ser um dos maiores fornecedores de alimentos para o mundo.

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