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Brasília – Os investimentos estrangeiros diretos (IED) realizados no Brasil bateram um recorde histórico em agosto, ao acumular um ingresso de US$ 35,1 bilhões em 12 meses (R$ 65,6 bilhões, pela cotação de ontem), maior cifra desde os anos das privatizações das estatais, entre 1999 e 2000. No ano de 2007, os investimentos estrangeiros já somam US$ 26,5 bilhões e, pelas projeções do Banco Central (BC), não terão dificuldade para atingir US$ 32 bilhões. "Há a possibilidade de superarmos essa marca. Se acontecer, não será uma surpresa, mas por enquanto a nossa previsão é essa", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, referindo-se aos US$ 32 bilhões.

Até hoje, a estimativa oficial do BC para os IEDs era de US$ 25 bilhões. Ou seja, os US$ 32 bilhões já representam um aumento de US$ 7 bilhões em relação à estimativa anterior. Mas a curva de 12 meses mostra, que no ritmo atual, essa marca também será superada até o final do ano.

Segundo Altamir, o aumento do IED é fruto da estabilidade econômica e da expectativa de o Brasil receber o grau de investimento da agências de classificação de risco. Isso acentua o interesse dos investidores estrangeiros na economia brasileira "Os fluxos têm influência da expectativa de upgrade", disse Lopes. Segundo ele, 69% do fluxo de entrada observado em 2007 é de investimentos novos. Em 2006, havia sido de 83%.

Para 2008, ele previu um ingresso de US$ 28 bilhões. Essa previsão, informou, leva em conta apenas investimentos novos e não os eventuais movimentos de fusões e aquisições, que ocorreram em ritmo muito forte este ano. As estimativas do BC para IED são feitas com base em sondagens diretas nas empresas e entidades setoriais e acompanhamento de notícias de jornais.

Em 2008, Lopes espera que os investimentos sejam puxados pelos mesmos setores de 2007, entre eles, metalurgia básica, química, construção civil e fabricação de montagem de automóveis, comércio e setor financeiro.

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