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Brasília (Folhapress) – Os investimentos feitos no Brasil por empresas estrangeiras quase dobraram entre maio e junho, segundo o Banco Central. O ingresso de capital passou de US$ 711 milhões para US$ 1,328 bilhão de um mês para o outro, antes que estourasse a crise política que agora deixa o mercado em alerta. Com esse resultado, o fluxo de investimento acumulado no primeiro semestre ficou em US$ 8,566 bilhões, valor 112% maior do que o observado em igual período de 2004. Dados parciais apurados ontem mostram que, neste mês, esses investimentos já chegam a US$ 1,2 bilhão.

Os números deste ano, porém, foram influenciados por uma operação atípica, que foi a fusão entre a Ambev e a Interbrew. Quando a operação foi feita, no ano passado, ficou acertado que a companhia criada pela união das duas cervejarias faria uma oferta para comprar a participação que acionistas minoritários possuíam na empresa brasileira. Essa compra resultou na entrada, em abril, de US$ 1,384 bilhão, valor contabilizado pelo BC como investimento estrangeiro.

Mesmo descontada essa operação da Ambev, o BC considera positivos os resultados alcançados até agora. A estimativa oficial é que o país receba, neste ano, US$ 16 bilhões em investimento estrangeiro direto. A projeção é um pouco mais otimista que a do mercado, que, em média, espera a entrada de US$ 15 bilhões no ano. "Para os próximos meses, avaliamos que os investimentos deverão seguir em ritmo similar [ao deste mês], especialmente nos setores voltados às exportações", diz relatório da LCA Consultores.

Já o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) diz que o volume de investimento ainda fica a desejar. "O potencial brasileiro está acima de US$ 20 bilhões e próximo a US$ 25 bilhões", afirma o estudo.

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