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Nos últimos anos, uma série de medidas contribuíram para minimizar um dos graves problemas do Porto de Paranaguá: as filas de caminhões de soja que chegaram a atingir cerca de 100 quilômetros ao longo da BR-277. Entre janeiro e maio deste ano, o volume embarcado do complexo soja no porto está próximo ao exportado no mesmo período de 2003, 4,3 milhões e 4,8 milhões de toneladas, respectivamente, de acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Mas as filas de caminhões foram raras, ao contrário de quatro anos atrás. A movimentação nos cinco primeiros meses do ano corresponde a cerca de 70% da exportação total do complexo soja esperada em 2007.

Nos dois últimos anos, a movimentação do grão por Paranaguá não foi muito grande devido às restrições à soja transgênica e à quebra da safra. Em 2004, último ano de grandes filas no porto, foram movimentadas apenas 2,9 milhões de toneladas do complexo soja, entre janeiro e maio. O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), Alceu Claro Chaves, diz que as filas acabaram não por eficiência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), mas pelas restrições à soja geneticamente modificada. "Se liberarem o silão para recebê-la, uma quantidade enorme de caminhões vai descer ao porto."

De acordo com o gerente técnico-econômico da Ocepar, Flávio Turra, as cooperativas – principais responsáveis pelo escoamento da safra de soja – fizeram vários investimentos nos últimos anos. "Foram feitas ampliações na área de armazenagem e há mais suporte para planejar de forma adequada o envio de cargas. Sempre há volume nos armazéns para que não seja preciso, em determinado momento, enviar grande quantidade de caminhões."

As exportações por Paranaguá neste ano devem atingir 6 milhões de toneladas para o complexo soja e 5 milhões de toneladas de milho, segundo estimativas da Ocepar. "De certa forma, todos os fatores foram favoráveis. A programação de exportação funcionou e o clima ajudou."

A Appa atribuiu a ausência de fila aos seus projetos dos últimos anos. De acordo com o chefe do departamento de operações, Clauber Candian, a primeira etapa entrou em operação em 2005, com reformas no pátio de triagem – entre elas a abertura de duas novas entradas e a instalação de iluminação. A ação mais importante, segundo Candian, foi a criação do programa Carga On-line – integração dos sistemas de informática da Appa com terminais privados e a Companhia de Classificação do Paraná (Claspar). "Quando os caminhões chegavam ao pátio, era preciso digitar dados do caminhoneiro, caminhão e origem da carga. A Claspar tinha de fazer novamente esse trabalho, assim como os terminais privados."

A Appa tentou obrigar os donos das cargas a fazerem o cadastro antecipado, mas a ordem de serviço foi derrubada pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP). "O porto continua fazendo, mas vários terminais optaram por fazer antecipado, porque podem planejar melhor toda a operação."

(RF)

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