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Quem busca conselhos para sair de vez do vermelho ou para fazer render melhor aquele dinheirinho que sobra no fim do mês – e vem sobrando cada vez mais, segundo pesquisa recente da Cetelem BGN – terá uma oportunidade nos dias 5 e 6 de abril, quando a Expo Money volta a Curitiba. O evento de educação financeira e investimentos contará com presenças habituais, como a do escritor Gustavo Cerbasi, e estreias como a de Luis Carlos Ewald, o "Sr. Dinheiro". O diretor da Expo Money, Raymundo Magliano Neto (foto), esteve em Curitiba na semana passada e conversou com o editor Marcio Antonio Campos sobre a nova realidade da educação financeira no país.

O que mudou na educação financeira do brasileiro nestes oito anos de evento?

Muita coisa. Quando começamos, a percepção era de que o brasileiro não sabia direito o que queria em termos de investimento. Sabia que precisava, sim, guardar dinheiro, mas não tinha muita ideia sobre o que fazer com ele. Boa parte se contentava em deixar tudo na caderneta de poupança – claro que ela também é uma opção, mas, dependendo do prazo em que você quer deixar aquela quantia rendendo, existem investimentos muito melhores. Nesses anos, as pessoas descobriram a importância de diversificar sua carteira.

E o que mudou na própria Expo Money desde o primeiro evento?

Nós tivemos de fazer algumas correções de curso. Quando começamos, inspirados em um modelo americano, demos ênfase demais à informação sobre investimentos e deixamos de lado a educação financeira, que era justamente a maior necessidade do brasileiro naquela época. Ainda hoje, dependendo da cidade, nosso foco é muito mais educação financeira que investimento.

Qual é a maior curiosidade de quem visita a Expo Money hoje?

É o mercado acionário, até porque ele é talvez o investimento mais complicado – além das ações em si, existem opções, aluguel, termo, agora temos as ETFs, que serão tema de uma palestra em Curitiba. A demanda por cursos de análise técnica caiu um pouco, porque acho que as pessoas perceberam que na bolsa não se fica rico de um dia para o outro. Os investidores viram que conhecer o fundamento, ler jornal, também é importante. O Warren Buffett diz que você não deve ser sócio de uma empresa por 5 minutos se não quiser ser sócio dela por 10 anos.

A ascensão das classes C e D, que ganharam maior poder aquisitivo e mais acesso ao crédito, teve algum reflexo na Expo Money?

Nós estamos de olho nesse movimento, mas ainda não podemos dizer que o evento vai incorporar esse público-alvo. Precisaríamos até de uma estrutura física muito maior. No entanto, algumas palestras, especialmente a do Gustavo Cerbasi e a do Sr. Dinheiro, têm tudo a ver com o momento da classe C. O que eu percebo é que no momento essas pessoas não estão preocupadas em economizar, e sim em comprar produtos a que só agora têm acesso. Depois é que elas vão pensar em guardar dinheiro.

Serviço: Confira mais informações sobre a Expo Money no site www.expomoney.com.br

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Acelerador

Enquanto a expansão do mercado de automóveis não dá trégua, pipocam novidades entre multinacionais espanholas e alemãs do polo automotivo de São José dos Pinhais, na Grande Curi­tiba. No início do ano, o grupo espanhol Mondragon assumiu a linha de produção de plásticos estruturais da Aksys, rebatizada FPK do Brasil, com a meta de ampliar a gama de produtos e a carteira de clientes. Também em janeiro, a Gestamp Paraná, fabricante de peças estampadas, passou a ser a sede brasileira da multinacional espanhola, administrando da­­qui as fábricas de Gravataí (RS) e Taubaté (SP).

No mês passado, a alemã Brose, que monta sistemas de portas, anunciou investimento de R$ 35 milhões para, entre outras coisas, transferir linhas de Salto (SP) para a fábrica de São José dos Pinhais. Com as mudanças, a empresa deve contratar quase 400 pessoas até o fim do ano.

A notícia mais recente é da Peguform, também de origem alemã. De acordo com o jornal Valor Econômico, ela vai desembolsar R$ 14 milhões para aumentar de 3,2 mil para 4,8 mil unidades a produção diária de sua linha de para-choques.

Nada de Ford

Por outro lado, não passa de boato a notícia de que Curitiba estaria nos planos da Ford para a construção de uma nova fábrica. Segundo o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, a montadora continuará investindo nas quatro unidades que já tem no país – três no estado de São Paulo e uma na Bahia.

Menos sacolas, mais desconto

De maio de 2009 a dezembro de 2010, as 32 lojas paranaenses do Big e do Mercadorama evitaram que 8 milhões de sacolas plásticas fossem depositadas na natureza. O número é do programa Cliente Consciente Merece Desconto. Consumidor que dispensa a sacola em compras de até cinco produtos ganha desconto de R$ 0,03; de 6 a 10 produtos, o abatimento é de R$ 0,06, e assim por diante. Nesses 19 meses, as duas bandeiras, que pertencem ao Walmart, concederam R$ 240 mil em descontos.

A questão parece mais difícil nas lojas Maxxi, também do Walmart, que não oferecem o desconto e passaram a cobrar R$ 0,13 por sacola. Como mostrou esta coluna na semana passada, há quem abandone a compra ao descobrir que tem de pagar pelo pacote. A rede diz que em lojas mais novas, como a de Guarapuava (Centro-Sul do estado), que já "nasceram" sob a nova política, o estranhamento é menor. E que, em qualquer loja, o cliente pode solicitar caixas de papelão para levar suas compras.

Sem demora

A Novozymes Latin America, que produz enzimas industriais em Araucária (região metropolitana de Curitiba) vai perder 98% menos tempo em seus procedimentos alfandegários. Com a inclusão da empresa na chamada Linha Azul da Receita Federal, o tempo de desembaraço de mercadorias cairá de 20 dias para 7 horas. Um alívio e tanto para quem pretende triplicar as vendas para a América Latina nos próximos anos.

Café amargo 1

O Japão é o terceiro destino das exportações brasileiras de café solúvel. Mas, apesar dos possíveis impactos do tsunami sobre as vendas do produto, o principal temor da indústria brasileira diz respeito à discriminação tarifária, nas palavras do diretor comercial da paranaense Café Iguaçu, Edivaldo Barrancos. O executivo – que preside a Abics, associação do setor – conta que a taxa paga pelo café solúvel brasileiro continua em 8,8%; o problema é que, por consequência de uma série de acordos comerciais, os japoneses estão reduzindo a taxação do pó importado de outros países asiáticos e, assim, reduzindo a competitividade das firmas brasileiras. Situação curiosa para a Iguaçu, que é controlada por uma holding japonesa, a Marubeni Corporation.

Café amargo 2

A norte-americana Sara Lee, líder do mercado brasileiro de café, "inaugurou" na semana passada sua segunda fábrica no Brasil, em Salvador. A unidade já existia: pertencia à paranaense Café Damasco, cuja marca foi comprada pela Sara Lee em novembro, junto com a fábrica baiana, por R$ 100 milhões. Como a torrefadora de Curitiba foi fechada – e seus 150 funcionários, dispensados –, a marca Damasco agora é produzida em Jundiaí (SP). Na Bahia, a Sara Lee disse ter gerado mais de 500 empregos diretos e indiretos.

4,81 quilos de café torrado foi o consumo médio de cada brasileiro em 2010, de acordo com a Associação Brasileira do Café (Abic). A marca é 3,5% superior à do ano anterior e superou o recorde de 4,72 quilos que perdurava desde 1965. A média brasileira supera a de países como Itália e França, e se aproxima do consumo alemão (5,86 quilos por ano). Mas ninguém bate os nórdicos e seus quase 13 quilos per capita.

Inspiração

A Faculdade Inspirar, de Curitiba, abriu dez franquias nos últimos dois anos. E espera abrir mais 20 até o fim de 2012. Presente em 11 cidades de oito estados, a faculdade oferece cursos de extensão e pós-graduação – inclusive a distância – na área de saúde. E, no fim do ano passado, foi autorizada a abrir seu primeiro curso de graduação, de Tecnologia em Gestão Hospitalar.

Amenities paranaenses

Além da já anunciada unidade de Balneário Camboriú (SC), a ser inaugurada em outubro, a rede paranaense Slaviero vai abrir outros dois hotéis neste ano, um em Foz do Iguaçu, em maio, e outro em Cuiabá, em julho. Nos três, as amenities – como são chamados os cosméticos de hotelaria – serão fornecidas pela Realgem’s, que tem fábrica em Colombo (região metropolitana de Curitiba). A empresa, que diz ser a maior fabricante de amenities do país, venceu neste ano, pela décima vez, o prêmio de melhor fornecedora desses produtos pela revista Hotelaria.

Lingerie, infantil e fitness

Cerca de 90% dos 130 "empresários vips" de moda que vieram de outros estados para conferir o Paraná Business Collection disseram que a edição deste ano, realizada no mês passado, superou as expectativas. A pesquisa foi feita pelo Conselho Setorial da Indústria do Vestuário do Paraná, Fiep e Sebrae/PR. Apesar da aprovação, vários dos entrevistados sugeriram a inclusão de segmentos como moda fitness, lingerie e infantil nas próximas edições. Nesta última, o PBC movimentou R$ 11,5 milhões em seu Show Room de Negócios, 8,5% a mais que em 2010 (R$ 10,6 milhões).

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