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Estratégia

Antes de fazer uma aplicação, Amerson Magalhães, diretor da Easynvest Titulo Corretora, orienta o investidor a refletir sobre qual o objetivo do investimento. "Existem aplicações mais indicadas para quem quer se preparar para aposentadoria e outras para quem quer ganhar dinheiro no curto prazo", afirma. Independentemente do tipo de aplicação que escolher, a dica é sempre diversificar os ativos.

Até 8 empresas de médio porte devem abrir o capital (IPO) na BM&FBovespa nos próximos 12 meses impulsionadas pela Medida Provisória 651, que oferece isenção do Imposto de renda para quem investir nesses papéis. A previsão é do superintendente da área de capital empreendedor do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luiz Souto. São consideradas empresas de porte médio aquelas com valor de mercado abaixo de R$ 700 milhões e receita bruta do ano anterior ao IPO abaixo de R$ 500 milhões. A medida se estende a empresas já listadas na bolsa, mas só no caso de emissão de novas ações.

Diversificação

Procura por debêntures cresce quase 15% no semestre

Para quem é menos conservador, que gosta de arriscar sem precisar pagar parte para o Leão, a opção de investimento mais indicada é a debênture. São títulos emitidos por empresas com a finalidade de captar recursos para investir em seu próprio crescimento. Ao comprar esse produto, o interessado se torna credor da companhia e recebe o valor investido acrescido de inflação mais uma taxa pré-fixada. Mas somente no vencimento do título, que pode levar anos.

O agente Antônio Marmo Júnior, da Praisce Capital, diz que esses títulos têm sido muito procurados. Dados da Cetip comprovam o interesse: o estoque de debêntures cresceu 14,8% no primeiro semestre deste ano. O volume de recursos disponibilizados chegou a R$ 637,7 bilhões – um recorde.

"Esse é um investimento que requer um cuidado maior do investidor porque não tem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito. Se a empresa eventualmente tiver algum problema, ele pode ficar no prejuízo", alerta Amerson Magalhães, da Easynvest. "A dica, nesse caso, é prestar atenção no emissor do título. Uma coisa é comprar uma debênture da Vale do Rio Doce, outra é adquirir uma dívida de uma empresa desconhecida do interior do país", diz Marmo Júnior, que orienta o investidor a buscar o apoio de um corretor.

O tempo mínimo para o vencimento das debêntures é de quatro anos, de acordo com a lei. Mas muitos títulos são de oito anos ou mais. Antes do vencimento, os títulos até podem ser negociados, mas com baixíssima liquidez.

Sempre atentos ao Fisco na hora de fazer aplicações, os investidores têm agora mais uma opção de investimento livre do Imposto de Renda (IR). A Medida Provisória 651, publicada na semana passada, isenta pessoas físicas do pagamento do IR sobre ganho de capital obtido com as ações de pequenas e médias empresas recém-ingressas na bolsa de valores. Hoje, quem investe no mercado de ações já consegue escapar da mordida do Leão ao negociar até R$ 20 mil por mês.

INFOGRÁFICO: Veja as opções de investimento que são livres de imposto

A novidade vem num momento em que a procura por outras aplicações que driblam o imposto aumenta mais do que a busca pela poupança (também isenta), cuja rentabilidade deixou de ser atrativa após as sucessivas altas da taxa básica de juros (Selic).

É o caso das letras de crédito, produtos de renda fixa com lastro em financiamentos imobiliários (LCI) ou agrícolas (LCA). O volume de investimentos em LCI no primeiro semestre deste ano cresceu 59,3% em relação ao mesmo período de 2013, chegando a um estoque de R$ 120 bilhões, segundo dados da Cetip, que atua como central depositária de títulos privados. Já a LCA cresceu 21,6%, atingindo um volume de R$ 32,1 bilhões. Como comparação, a captação da caderneta no mesmo período foi de 16,5% – saldo de R$ 627 bilhões, segundo o Banco Central.

O agente de investimentos Antônio Marmo Júnior, diretor da Praisce Capital, explica que, além de renderem mais, as letras de crédito têm as mesmas garantias oficiais de cobertura da poupança. "Gosto de frisar isso: a mesma segurança que o governo dá para a poupança, também oferece para o LCI e o LCA. O risco é zero", afirma. "O investidor fica seguro e tem uma rentabilidade muito maior", concorda Amerson Magalhães, diretor da Easynvest Titulo Corretora. A aplicação é avalizada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ou seja, se o banco quebrar, a pessoa recebe o seu dinheiro de volta conforme as condições acordadas no investimento.

Remuneração

Emitidas por instituições financeiras, as letras são remuneradas por taxas pré ou pós-fixadas atreladas a um porcentual do CDI (Certificado de Depósito Bancário), a taxa de juros cobrada nos empréstimos entre bancos. Os índices de CDI variam de 80% a 95%, dependendo do agente financeiro. "Grandes bancos de varejo pagam taxas de remuneração nesses títulos muito parecidas. A dica é buscar bancos pequenos e médios, que tem uma necessidade de captação maior e, por isso, oferecem taxas mais atraentes", explica Magalhães. "O melhor é procurar uma corretora, que trabalha com várias instituições", orienta Marmo Jr.

A única "desvantagem" das letras, explica o diretor da Easynvest, é não poder se desfazer dos títulos antes da data de vencimento – no mínimo 180 dias. "Mas é fácil administrar essa desvantagem. É só programar várias LCIs [ou LCAs] de modo que a cada 30 dias uma esteja vencendo." Obviamente, o rendimento aumenta dependendo do valor e do tempo investidos na aplicação.

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