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Os principais tablets do mercado:  Galaxy, Ipad 2, Xoom | Divulgação
Os principais tablets do mercado: Galaxy, Ipad 2, Xoom| Foto: Divulgação

Cada um do seu jeito

A Gazeta do Povo ouviu um usuário de cada um dos três principais tablets do mercado. Afinal, o que ele tem que os outros não têm? Confira o que eles pensam:

Pequeno e versátil

Antes de comprar seu Galaxy, a designer de interiores Mahara Oresten pesquisou muito sobre os tablets disponíveis no mercado. Pesaram a favor do aparelho da Samsung o tamanho compacto – para outros a tela de 7 polegadas é um problema – e a qualidade das imagens. "Uso o aparelho para apresentar projetos para os meus clientes, por isso precisava de um aparelho pequeno e leve, mas com boa resolução." Mahara reclama um pouco da velocidade de processamento das informações – inferior ao notebook –, mas diz que não tem nenhuma dificuldade para usar o aparelho ou navegar na internet. "Também uso o viva voz para fazer ligações e ele funciona muito bem. Para uma conferência, por exemplo, a captação de som é muito boa."

Conexão geral

Para o designer Marco Duboc, a escolha do iPad foi natural. "Já uso outros aparelhos da Apple e queria aproveitar a interface entres eles. Ele é muito bom e rápido", elogia. Duboc cita como vantagens a variedade e qualidade dos aplicativos e a possibilidade de usar o iPad para fazer apresentações tendo seu iPhone como controle remoto. As críticas ficam para o som e as câmeras, de baixa resolução, na opinião do designer. "O áudio que sai do aparelho é mono, e isso é ruim. Mas é possível ligá-lo em um aparelho stereo e melhorar isso." Como já está habituado com outros aparelhos da marca, ele não vê problemas em estar "preso" ao iTunes para alimentar o tablet. "Quando você se acostuma, não é mais um problema. A interface do iPad é muito intuitiva e fácil de usar."

Abas para navegar

Diretor de tecnologia da agência Mídia Web, Cristian Pedroso é familiarizado com os recursos do iPad e usuário hoje do Xoom, da Motorola. Entre as principais vantagens em relação ao concorrente da Apple ele cita a compatibilidade com o Adobe Flash e as abas disponíveis no navegador de internet do Xoom. "O desempenho do browser do Android é bem melhor. Principalmente em páginas com muitas imagens, o carregamento é bem mais rápido", defende. Ele também elogia a possibilidade de conectar o tablet com outros aparelhos de som ou tevê, dia Bluethooth, e o Android, que é muito "amigável" ao usuário. "Você tem total liberdade para decidir o que vai exibir na tela. O iOS tem mais restrições", diz. "Por outro lado, ainda existem poucos aplicativos específicos para o Xoom. Mas isso está melhorando."

  • Mahara Oresten, Marco Duboc e Cristian Pedroso justificam suas escolhas na hora de comprar o tablet

Há algum tempo as pessoas se perguntavam se precisavam mes­­mo de um tablet. Parece que agora muita gente já tem a resposta: sim! As vendas desses aparelhos portáteis, localizados no meio do caminho entre um notebook e um smartphone, não param de crescer – e na outra ponta, a indústria aposta incansavelmente em novidades. Desde que a Apple deu o pon­­ta pé inicial, com o lançamento do primeiro iPad, seu aparelho é líder absoluto de vendas. Mas Mo­­to­­rola e Samsung abocanham, aos poucos, uma fatia desse mercado com seus modelos Xoom e Galaxy. E aí vem a nova pergunta: qual de­­les é melhor pra mim?

Quem já usa os aparelhos pode dar uma ajuda – em especial em "vo­­zes" que se multiplicam nas mídias sociais. Em blogs, fóruns de discussões e sites como Twitter e Fa­­cebook, usuários dos mais variados tipos apontam pontos fortes e falhas dos aparelhos. "Os tablets que mais movimentam as redes so­­ciais são o iPad, Xoom e Galaxy. Eles dividem a atenção dos internautas e são citados tanto pelos seus avanços tecnológicos, quanto pelos seus problemas e pelas características que deixam a desejar", diz a gerente de inteligência da Mi­­ti Inteligência, Elizangela Gri­coletti, responsável por um estudo que vem monitorando os comentários sobre o assunto na rede.

Líder em vendas, o iPad é também o campeão de citações, segundo a Miti – em parte também, é bom lembrar, porque é usado por muitos como sinônimo da categoria. Mas cabe ao Galaxy Tab o maior número de elogios – principalmente pela possibilidade de ser usado também como telefone e televisão analógica ou digital. Ao Xoom cabe uma certa dose de polêmica por causa da compatibilidade com o Adobe Flash. O recurso, ausente no iPad, é apontado como uma das grandes vantagens do aparelho, mas seu desempenho, na prática, é alvo de algumas críticas, principalmente entre usuários mais avançados e blogs especializados.

Em um ponto, reclamação geral: preços. "Muita gente ainda cita os tablets como sonho de consumo, porque, para a maioria da nossa população, é um investimento muito alto", diz. "Também repercute-se muito as questões relativas à desoneração de impostos.

Software

Também sobram dúvidas de todos os lados, segundo Elizangela – algo normal para um mercado em formação. Muitas delas dizem respeito ao sistema operacional usado em cada um dos aparelhos. "O Android (usado no Xoom e no Galaxy) tem muitas citações positivas. Mas há muita dúvida se ele é melhor que o iOS, usado pela Apple."

Sonho

Independente das características de cada aparelho, o que se observa no monitoramento, diz a gerente, é principalmente uma diferença no desejo de consumo por trás de cada um deles. Ao iPad 2 cabe o status por trás da marca Apple. "É o produto mais caro, que traz sempre essa referência. Já quem opta por um Galaxy pensa em praticidade", diz Elizangela. "O Xoom é um aparelho mais controverso, um modelo para quem busca condições diferentes", resume.

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