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A taxa de inflação subiu em janeiro, em Curitiba, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficando acima da média nacional. A inflação das famílias curitibanas que recebem de um a 40 salários mínimos foi de 0,78% no primeiro mês do ano, o maior porcentual desde julho de 2005. Na média brasileira, o IPCA ficou em 0,59%.

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento da inflação foi reflexo do reajuste nos preços dos combustíveis, principalmente do álcool. Em Curitiba, o combustível subiu 13,33%, segundo o IBGE, pressionando o grupo transportes, que teve a maior elevação entre os nove pesquisados.

A gasolina, que tem 25% de álcool em sua composição, acompanhou o movimento e registrou alta de 1,19% em janeiro na média brasileira e 1% na região metropolitana de Curitiba. A gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, explicou que os combustíveis representaram a principal influência na inflação de janeiro no Brasil. Somados álcool, gasolina e ônibus urbanos representaram 0,25 ponto percentual, quase metade da inflação do mês. O IPCA também foi influenciado pelos automóveis novos, pois houve aumentos praticados pelas montadoras.

Outro grupo que pesou na inflação foi saúde e cuidados pessoais em decorrência dos aumentos dos planos de saúde e dos produtos farmacêuticos. O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Sandro Silva, lembra que em dezembro foi a queda dos preços dos remédios que segurou a inflação. Na época houve um acirramento na concorrência das grandes redes.

Os planos de saúde representaram uma pressão adicional para a inflação. O índice captou a diferença entre o reajuste que vinha sendo praticado e o que foi autorizado pela Justiça nos contratos antigos (anteriores a 1999) de determinadas operadoras em algumas regiões.

A maior queda entre os grupos pesquisados pelo IBGE, em Curitiba, ficou com comunicação, a exemplo do que também ocorreu com a média brasileira, apesar do reajuste da mensalidade e das ligações dos telefones celulares. O grupo educação subiu menos em janeiro em relação a dezembro, refletindo o período sazonal que afeta o segmento nessa época do ano. Na avaliação dos economistas da consultoria Austin Rating, o efeito de alta deve se estender ao mês de fevereiro, contrariando a maioria dos índices de inflação que já apontam para arrefecimento da pressão no grupo educação.

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