Vazão do Rio Paraná garante liderança em geração da usina de Itaipu| Foto:

A usina de Itaipu atingiu novo recorde histórico de produção de energia em 2008, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior foi atingido em 2000, quando foram gerados 93.427.598 MWh.

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De acordo com comunicado da administradora da usina, tal volume jamais foi registrado por nenhuma outra hidrelétrica do mundo. Nem mesmo a usina de Três Gargantas, que está em construção na China, deve superar Itaipu em produção, afirmam os técnicos da geradora localizada no Rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai. Embora a capacidade instalada da usina chinesa, depois de concluída, seja de 22,4 mil megawatts (MW), contra os 14 mil MW de Itaipu, o Brasil tem uma vantagem hidrológica: o Rio Paraná tem grande volume de água o ano inteiro.

A energia produzida por Itaipu no ano passado seria suficiente para suprir todo o consumo mundial por dois dias; atender a um país como a Argentina por um ano; e o Paraguai por 11 anos.

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Fatores

Na avaliação do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, o recorde é resultado de três fatores. "Foi preciso convergir água suficiente, maquinário sempre disponível e demanda de consumo para essa energia", ressaltou. "E esses fatores só foram possíveis graças à economia crescente, ao trabalho competente do pessoal que cuida da manutenção da usina e à generosidade do Rio Paraná, com as hidrelétricas que regulam o nosso reservatório", afirmou.

Para o diretor técnico executivo da usina, Antônio Otelo Cardoso, esse recorde pode ser superado rapidamente, ao contrário do que ocorreu em 2000. "Se as condições favoráveis permanecerem e a economia continuar crescendo, acredito que já em 2009 podemos superar esse número", afirmou.

Participação menor

A participação de Itaipu no consumo de energia no Brasil, porém, ficou em 19% em 2008, a mesma do ano anterior. Esse é o menor índice desde 1992, quando a usina começou a operar com 18 turbinas – hoje são 20. Em 2000, Itaipu respondeu por 25% da demanda de energia no mercado brasileiro. Em 1995 e 1997, essa participação chegou a 26%.

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Segundo Jorge Samek, apesar da marca histórica, a matriz energética brasileira tem sido bastante beneficiada por novos empreendimentos, o que aos poucos consolida a diminuição da importância relativa de Itaipu para o país. "Isso é positivo, pois reduz a dependência do Brasil em relação a uma única fonte e mostra que o governo está atento à questão energética."

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