A Itaipu está em fase final do desenvolvimento do primeiro avião elétrico da América Latina, em parceria com a ACS Aviation. O projeto está em fase de pré-comissionamento, quando é verificado se cumpre com os requisitos de funcionamento, e deve fazer os primeiros testes de voo entre outubro e novembro desse ano.
O avião tem como base o modelo acrobático ACS-100 SORA, com capacidade para duas pessoas, e faz parte do programa de mobilidade elétrica da empresa, que faz pesquisas para incentivar a adoção de tecnologias sustentáveis em veículos automotores.
A produção da aeronave não tem intuito comercial, e sim de adquirir um know-how em como vencer e aumentar a densidade energética. Ao dominar de maneira estratégica quais são os materiais utilizados na produção de um avião, a usina quer ter condições de orientar e incentivar a indústria do ramo.
O coordenador do programa Veículo Elétrico, Celso Novais explica que a intenção é desenvolver tecnologias para diminuir o peso dos veículos, algo em que a indústria de aviação é especialista pois "se o material não fosse totalmente especial, o avião não sairia do chão". A ideia é transferir este conhecimento para a produção de carros, ônibus e caminhões elétricos, no futuro.
Tornar os veículos mais leves possibilita um ganho em autonomia, que é um dos pontos críticos na produção de veículos elétricos em todo o mundo. O engenheiro explica que os carros elétricos que circulam no mercado europeu e japonês, por exemplo, rodam entre 100 km e 200 km com a bateria cheia, enquanto um modelo movido a combustão chega facilmente a 400 km com o tanque cheio de gasolina.
Além das montadoras, a Itaipu quer incentivar toda uma cadeia de produção. "Encontrar um fornecedor que tenha um motor elétrico moderno, compacto, confiável", é o objetivo do projeto de mobilidade, segundo o engenheiro Novais.
O SORA-e (com "e" de "elétrico") terá autonomia de uma hora de voo com uma velocidade máxima de 340 km/h. Com 650 kg, a aeronave tem oito metros de envergadura, de uma ponta a outra da asa.
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