A Itaipu Binacional atingiu neste sábado (17) a geração anual de 98,800 milhões de megawatts-hora (Mwh) de energia, novo recorde mundial, informou a empresa. Com o novo número, Itaipu fica à frente da usina de Três Gargantas, na China, que fechou novembro com a geração em torno de 83 milhões de Mwh e prevê uma produção total de 90 milhões de Mwh no ano.
Em nota à imprensa, Itaipu destaca que o recorde mundial em geração anual de energia se soma ao título que Itaipu já detinha: o de maior produção acumulada. Desde a entrada em operação de sua primeira unidade geradora, em maio de 1984, há 32 anos e sete meses, Itaipu já produziu mais de 2,4 bilhões de MWh, energia suficiente para atender a demanda do mundo inteiro por 40 dias.
“A 14 dias para fechar 2016 e operando a plena carga, Itaipu deve atingir na quarta-feira, 21, a meta inédita de 100 milhões de MWh estipulada no recorde de 2013. A produção total de 2016 deve ficar acima de 102,5 milhões de MWh, algo jamais imaginado até mesmo pelos que projetaram a usina”, destaca a empresa na nota.
Para o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, vai ser muito difícil superar Itaipu. “Não basta ter a maior estrutura para ser a melhor do mundo. Nós conseguimos isso com muito esforço e comprometimento, e, claro, com a ajuda das boas condições hídricas do Rio Paraná”, destacou.
Segundo o diretor técnico executivo de Itaipu, Airton Dipp, a hidrelétrica responde por 18% do consumo nacional, quatro pontos porcentuais a mais do que o registrado no ano passado, e por 82% da demanda do Paraguai, ante 76% em 2015.
A empresa destaca ainda que o aumento da produção também refletirá em mais royalties (indenização pela exploração do uso da água para a geração de energia elétrica), pagos ao Brasil e ao Paraguai. “Como o cálculo é feito com base na variação do dólar – e como a moeda americana se valorizou frente ao real –, o repasse de royalties a partir da produção deste ano será 15% maior”, calcula a empresa. Desde o início do pagamento, em 1985, a soma dos royalties pagos pela Itaipu para os dois países passa de US$ 10 bilhões.
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