O Tesouro italiano emitiu nesta terça-feira títulos por 7,5 bilhões de euros com taxas recorde, que superaram a barreira de 7%, um nível considerado insustentável a longo prazo para um país com dívida de 120% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o Banco da Itália, a demanda foi de 10,89 bilhões de euros, o que permitiu ao Tesouro captar 7,5 bilhões com vencimentos em 2014, 2020 e 2022.
As taxas dos títulos da dívida com vencimento em 2014 chegaram a 7,89%, contra os 4,93% anteriores, e a 7,56% para os que vencem em 2022, contra os 6,06% de uma operação similar de 28 de outubro.
Para os títulos com vencimento em 2020, as taxas foram de 7,28%, contra os 5,47% da última operação similar de 13 de setembro.
Este alto rendimento é considerado insustentável a longo prazo para o país que tem uma colossal dívida de 1,9 trilhão de euros, cerca de 120% do PIB.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou na segunda-feira que o Fundo não recebeu "nenhum pedido de ajuda" por parte da Itália, desmentindo o jornal La Stampa, que informou que o FMI pode desbloquear entre 400 e 600 bilhões de euros para Roma.
- Mario Monti nomeia último ministro de seu gabinete formado por tecnocratas
- Bolsas mundiais sobem impulsionadas por rumor de resgate à Itália
- Confiança do empresário italiano tem inesperada alta em novembro
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Petrobras terá nova presidente; o que suas ideias indicam para o futuro da estatal
Agro gaúcho escapou de efeito ainda mais catastrófico; entenda por quê