O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, vai tentar obter nesta semana a aprovação de medidas de estímulo ao crescimento da economia e pressionar por sua agenda de reformas, disse neste domingo (15) o ministro da Indústria, Corrado Passera.

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O governo de Monti está sob crescente pressão para atender às demandas de seus partidários políticos.

Num momento em que as pesquisas mostram que a popularidade de Monti está abaixo de 50 por cento pela primeira vez desde que assumiu o poder em novembro, ele está tentando revitalizar seu mandato por meio de mais reformas para evitar que a Itália tenha de passar por um default no estilo da Grécia.

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"Esta é a hora mais difícil", disse Passera em entrevista à TV estatal. Segundo o ministro, a recessão, aumentos de impostos para reduzir o déficit público e a falta de uma resposta coordenada contra a crise da dívida estão atingindo todas as famílias ao mesmo tempo.

"Não existe varinha mágica para o crescimento. Não existe uma grande idéia. Temos de consertar tudo."

O governo realizará uma reunião de gabinete na segunda-feira, na qual poderá decidir criar um fundo para receber recursos adicionais provenientes do combate à sonegação de impostos e do corte de gastos públicos, e usar o dinheiro para reduzir tributos, segundo informaram jornais locais. A expectativa é que, durante o encontro, o governo reduza sua previsão de crescimento do país neste ano.

Passera confirmou a idéia do fundo durante a entrevista à TV, mas manteve o silêncio sobre se o dinheiro seria usado para reduzir os impostos das famílias, empresas ou mesmo para pagar parte da dívida italiana, estimada em 1,9 trilhão de euros.

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