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O bloco mais disputado do primeiro setor leiloado nesta terça-feira na 8ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi vendido com um ágio de 15.100% sobre seu preço mínimo, de R$ 2,009 milhões.

A empresa italiana ENI, que disputou com outros três concorrentes o bloco SS-AP3, na Bacia de Santos, ofereceu um bônus de R$ 307,4 milhões e se comprometeu a investir R$ 154,368 milhões no programa exploratório mínimo, por meio de 4.288 unidades de trabalho. Além disso, a italiana se compromete a adotar, em suas instalações, conteúdo mínimo local de 40% na fase de exploração e de 65% na de desenvolvimento.

O bloco, considerado de nova fronteira, está localizado perto de descobertas de gás dos campos de Merluza e de Lagosta.

Indiana estreante leva bloco

Estreante em leilões da ANP, a indiana ONGC disputou sozinha e levou o bloco S-M-1103 por R$ 1,5 milhão, com 315 unidades de trabalho, o que representa investimentos de R$ 11,340 milhões. A empresa também propôs um conteúdo local de 40% na fase de exploração e de 60% na de desenvolvimento.

O setor atraiu a atenção de oito concorrentes que disputaram os seis blocos oferecidos em áreas de novas fronteiras. A área tem aproximadamente 4,150 mil quilômetros quadrados, e está localizada no centro da Bacia de Santos, a poucos quilômetros das descobertas de gás dos campos de Merluza, da Petrobras, e Lagosta, operado pela texana El Paso. Neste setor, o limite estabelecido foi de três ofertas vencedoras por operadora.

Petrobras é afetada por restrições

A Petrobras foi a primeira empresa atingida, nesta terça-feira, pela restrição a um limite de ofertas vencedoras por empresas, de acordo com cada setor a ser licitado.

No setor SS-AP3, nas áreas de elevado potencial, a companhia já havia levado três blocos e foi impedida de ficar com um quarto bloco. O limite para as áreas de elevado potencial era de três ofertas vencedoras por operadora.

Sozinha, a estatal ficou com o S-M-734 e o S-M-855, pagando bônus de R$ 32,850 milhões e R$ 25,055 milhões, respectivamente. Além disso, se comprometeu a fazer investimentos mínimos de R$ 41 milhões e R$ 154 milhões em cada um deles, nesta mesma ordem.

A companhia também foi vencedora do bloco S-M-732, como operadora (60%), em parceria com a Inpex (40%). Neste caso, a proposta envolveu R$ 17,275 milhões em bônus e investimentos mínimos de R$ 41 milhões.

Em uma parceria que teve a Repsol como operadora, a empresa levou o bloco S-M-980por R$ 6.401.111, com investimentos mínimos previstos de R$ 4,968 milhões.

Por conta do limite imposto na 8ª Rodada, a empresa foi impedida de levar o S-M-853. Como apenas a Petrobras havia feito uma oferta, o bloco ficou sem comprador.

Em todos as propostas vencedoras dos blocos de elevado potencial, as empresas se comprometeram com a contratação de serviços e mão e de obra local de 55 na fase de exploração e de 65% na de desenvolvimento.

Sozinha, a Petrobras levou o bloco S-M-982, por R$ 9,320 milhões, com 278 unidades de trabalho ou investimentos de R$ 10,008 milhões. Em consórcio, a empresa ficou ainda com três outros blocos no setor. No S-M-1109, levado por R$ 4,108 milhões, ela será operadora (40%), em parceria com a Repsol (30%) e a norueguesa Norsk Hydro (30%).

Neste caso, o número de unidades de trabalho será de 260, ou seja, os investimentos corresponderão a R$ 9,360 milhões.

Outra vitória da Petrobras no leilão foi no bloco S-M-1105, levado por R$ 7,069.960, com 315 unidades de trabalho, ou investimentos de R$ 11,340 milhões. Neste bloco a empresa também será parceira da operadora Repsol (40%) e da Norsk Hydro (30%).

O mesmo consórcio levou o bloco S-M-1233, por R$ 7,010 milhões. Neste caso, o número de unidades de trabalho foi de 260, o que se traduz em investimentos de R$ 9,360 milhões, com o mesmo conteúdo local das outras propostas vencedoras. Em todos os quatro blocos em que houve participação da Petrobras, o conteúdo mínimo local será de 55% na fase de exploração e de 65% no desenvolvimento da produção, caso haja descobertas.

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