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Maior banco privado brasileiro, o Itaú Unibanco fechou a compra da carteira de clientes de alta renda do britânico HSBC no Chile na última quarta e alimentou rumores de que o banco brasileiro também esteja comprando, pelo menos, parte da operação do HSBC no Brasil. Ambos os bancos desmentiram os boatos, atribuindo os comentários a um ruído envolvendo o negócio no país vizinho. O Itaú pagou US$ 20 milhões para ficar com 4 mil clientes do HSBC no Chile.

Fontes do mercado, no entanto, não descartam a possibilidade de o Itaú comprar parte dos negócios do HSBC no Brasil, especialmente a carteira de alta renda e a operação de crédito ao consumo. Nesse caso, o HSBC seguiria no país com o atendimento a empresas, segmento em que melhor consegue aproveitar sinergias com sua rede comercial global.

O HSBC é o sexto maior banco de varejo no país, mas ficou "pequeno" depois que os principais concorrentes locais fundiram suas operações – Santander e Real se juntaram em 2007; o Itaú se fundiu ao Unibanco em 2008; e o Banco do Brasil comprou a Nossa Caixa em 2009.

O banco britânico tem sido citado em rumores tanto sobre compra de um banco – falou-se na compra do Real em 2007 – como de sua saída definitiva do Brasil. Os boatos cresceram no ano passado após o afastamento de Michael Geoghegan, antigo presidente do HSBC brasileiro, do comando mundial do HSBC. Casado com uma brasileira, Geoghegan era entusiasta da operação no país. Apesar do tamanho diminuto no Brasil, o HSBC considera o país estratégico. O país é hoje a quarta maior fonte de ganhos depois de Hong Kong, Reino Unido e China. O banco tem 60% de seus resultados vindos da Ásia e demais emergentes.

O HSBC chegou ao Brasil em 1997 comprando a "parte boa" do antigo Bamerindus. À época, foi recebido com entusiasmo pelo Banco Central e pelo governo, que esperavam um aumento da concorrência de preços e serviços bancários no país.

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