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Rafael Malucelli, do grupo, e Molinari, do braço de máquinas | Divulgação/J. Malucelli
Rafael Malucelli, do grupo, e Molinari, do braço de máquinas| Foto: Divulgação/J. Malucelli

Concorrência

Presença de máquinas chinesas está caindo, diz empresa

O aumento da concorrência das fabricantes de máquinas da China vem diminuindo, segundo Luiz Henrique Dal Molin Molinari, diretor financeiro da J.Malucelli Equipamentos. "Das 35 marcas que atuavam no mercado, sobraram 12 e acredito que vão ficar mesmo entre quatro e cinco empresas nesse segmento", diz. Além das barreiras impostas pelo governo para proteger a indústria nacional, o câmbio e a baixa qualidade de alguns equipamentos reduziram a presença dos importados. "A grande vantagem que os chineses têm, que é o baixo custo de produção, desaparece quando eles resolvem produzir aqui" diz. Os fabricantes chineses também tropeçam quando o assunto é pós-venda e assistência técnica, segundo ele.

Balança

Dados da Abimaq mostram que de janeiro a agosto o setor acumula um déficit comercial de US$ 13,8 bilhões, 20,2% acima do valor do mesmo período do ano passado.

As importações somaram US$ 21,7 bilhões no período, alta de 7%, enquanto as exportações totalizaram US$ 7,9 bilhões até agosto, queda de 10,3% na comparação com os primeiros oito meses de 2012.

A J.Malucelli Equipamentos, braço de venda de máquinas pesadas do grupo J.Malucelli, está expandindo operações para Santa Catarina. A empresa, que já atua no Paraná e Rio Grande do Sul, vai montar estrutura de vendas em Biguaçu, na região de Florianópolis, em Chapecó e em Joinville, com investimentos de cerca de R$ 3,5 milhões.

A empresa é revendedora da marca Case, que nesse ano assumiu a liderança de mercado em máquinas e equipamentos no país, desbancando a Caterpillar. A J.Malucelli vai substituir um outro grupo revendedor que atuava com a marca no estado vizinho.

A meta, segundo Rafael Malucelli, diretor comercial do grupo, é vender pelo menos 165 máquinas em 2014 no estado vizinho.

A expansão ocorre em um momento de baixa do mercado, que não atendeu as expectativas de vendas com as obras de infraestrutura e a Copa do Mundo.

Demanda

O setor de máquinas e equipamentos no Brasil faturou R$ 52,2 bilhões de janeiro a agosto deste ano, queda de 6,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "O ano vem frustrando as expectativas. As obras de infraestrutura não deslancharam e os bancos, principalmente no segundo semestre, ficaram mais seletivos na concessão do crédito", diz Luiz Henrique Dal Molin Molinari, diretor financeiro da empresa.

Mesmo assim, segundo ele, a J. Malucelli tem planos de absorver a demanda que existe no estado vizinho e que não estava sendo aproveitada. "Em máquinas pesadas de grande porte a marca Case tem apenas 2% de mercado em Santa Catarina. A ideia é alcançar entre 6% e 7% no próximo ano", diz. No Paraná, a Case tem 14% de participação nas vendas de máquinas pesadas. No Rio Grande do Sul, de 12% a 13%.

O setor de máquinas e equipamentos – retroescavadeiras, pás carregadoras, escavadeiras e motoniveladoras, principalmente – abastece os mercados de construção civil, indústria em geral, mineração e de cerâmica. São máquinas que custam em média de R$ 80 mil a R$ 1,5 milhão.

Para este ano, a previsão da J.Malucelli Equipamentos é vender cerca de 600 unidades no Paraná e Rio Grande do Sul, número que deve crescer para 630 no próximo ano. O faturamento da empresa deve alcançar R$ 180 milhões em 2013, 18% mais que no ano passado.

Paraná

Em dezembro, a empresa deve inaugurar uma revenda em Maringá, com recursos de R$ 700 mil. "Embora o mercado esteja aquém do esperado, precisamos estar preparados para quando o setor voltar a embalar", diz Malucelli. O governo já anunciou que vai manter o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que ajudou a segurar as vendas do setor, em 2014, mas os juros devem subir de 3,5% para 5,5% ao ano.

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