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Análise do IBGE do mercado de trabalho nos três anos do governo Lula mostra que o jovem enfrentou nesse período maiores dificuldades para conseguir um emprego. A população entre 10 e 24 anos diminuiu sua participação entre os ocupados de 19,5% do total em 2003 para 18,2% em 2005. O espaço deixado pelos jovens foi ocupado pela população com 50 anos ou mais, que elevou sua participação de 16,8% para 18% na mesma comparação. O IBGE destaca que no segundo semestre de 2005 a população ocupada com mais de 50 anos de idade superou o contingente médio mensal de jovens ocupados.

Além de buscar trabalhadores mais experientes, o mercado de trabalho também exigiu mais escolaridade. Os trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo aumentaram sua participação na população ocupada de 46,7% em 2003 para 50,3% em 2005. O instituto de pesquisas destaca, no entanto, que uma boa formação não é sinônimo de emprego garantido. Entre os desocupados, a participação das pessoas com 11 anos ou mais de estudo passou de 39,9% do total em 2003 para 46,1% em 2005.

O curitibano Eduardo Tod, 42 anos, conseguiu um emprego com carteira assinada há menos de um mês, depois de oito anos fora do mercado formal. O maior temor do administrador de empresas era de que a idade atrapalhasse na busca por uma vaga. "No Brasil há a cultura de que quem passa dos 40 não consegue mais arranjar emprego, mas, no meu caso, não foi difícil", diz. Tod conta que obteve retorno rápido para entrevistas.

Para encontrar uma vaga de acordo com o seu perfil, o curitibano procurou nos classificados e fez cadastro em um site de recolocação profissional. A maior dificuldade que encontrou, no entanto, não teve relação com a idade, e sim com a qualificação. "Muita gente tem pós-graduação e inglês e espanhol fluente. Perdi algumas oportunidades por não ter essa formação". Agora, para ampliar as possibilidades dentro da empresa, Eduardo está estudando inglês e espanhol.

Antes de assumir o cargo de supervisor de vendas de uma tevê por assinatura, Tod, que é casado e tem dois filhos em idade escolar, trabalhava como autônomo. Agora, além da estabilidade e dos benefícios que recebe por estar na formalidade, ele dobrou a renda da família.

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