O juiz da 3.ª Vara Cível de Cascavel suspendeu por um ano o processo em que o governo do estado pede a falência da Ferropar S/A concessionária que administra a Ferroeste, ferrovia de 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava. Existia a expectativa de que o caso fosse julgado até o fim de julho, mas, segundo a Ferropar, o juiz Rosaldo Pakagnan teria suspendido na sexta-feira o processo, para aguardar o julgamento de uma outra ação, que tramita desde 2003 na 2.ª Vara Federal de Brasília. Nela, a concessionária pede o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado com o governo do estado em 1996, quando a Ferroeste foi privatizada.
O diretor administrativo, jurídico e financeiro da Ferroeste, Samuel Gomes, disse ontem que só vai comentar o assunto após a publicação oficial da decisão. Com a suspensão do processo, a Ferropar, que afirma estar se "reequilibrando e reorganizando", ganha fôlego frente ao interesse do governo estadual de retomar a Ferroeste. Recentemente, a concessionária anunciou ter recebido 47 vagões e 14 locomotivas, que elevaram sua frota para um total de 120 vagões e 16 locomotivas.
Na ação pela falência, o governo argumenta que a Ferropar lhe deve cerca de R$ 25 milhões, por conta do não-pagamento de parcelas da concessão. A Ferropar, por sua vez, alega que teve prejuízos por não ter recebido da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) os equipamentos previstos em contrato, e porque a demanda por transporte ferroviário no Oeste do estado teria sido superestimada no edital da privatização.
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