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Brasília – A decisão do Banco Central (BC) de interromper, na semana passada, o ciclo de dois anos de queda na taxa básica de juros não alterou o humor do mercado financeiro em relação à inflação. Foram mantidas, no boletim Focus divulgado ontem, as expectativas para o IPCA de 2007 e 2008, em 3,91% e 4,10%, respectivamente. Nos dois casos, a variação está abaixo do centro da meta oficial de 4,5%.

O BC segurou a Selic em 11,25% ao ano justamente por medo de que novos estímulos à economia aumentassem a pressão sobre os preços, desencadeando reajustes. O temor é que a oferta de produtos não cresça na mesma velocidade que o consumo. Juros estacionados tendem a manter congeladas as taxas cobrados do crediário do consumidor, por exemplo, o que pode inibir o consumo e derrubar a inflação.

Diante disso, os economistas reafirmaram suas projeções de que não haverá mais cortes na taxa básica neste ano, com a Selic a 11,25% no fim de 2007, e mantiveram os cálculos em 10,25% ao ano para o fim de 2008. Os cortes na taxa de juros, segundo os analistas, só seriam retomados em 2008. Os especialistas, no entanto, puxaram para baixo as contas sobre o câmbio neste ano, de R$ 1,85 para R$ 1,82, mantendo a estimativa de 2008 em R$ 1,90.

Pelo Focus, o mercado continua projetando superávit comercial de US$ 42 bilhões neste ano e de US$ 35 bilhões em 2008. Outros indicadores importantes também não foram revisados, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto das riquezas geradas pelo país), em 4,7% agora e em 4,5% em 2008.

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