• Carregando...

As taxas médias de juros cobradas pelos bancos recuaram 0,4 ponto percentual em setembro, para 41,5% ao ano, as menores desde o início da série histórica do Banco Central, em junho de 2000. Mas a queda podia ter sido maior se os bancos tivessem repassado integralmente para o consumidor a redução registrada na taxa básica de juros, a Selic, parâmetro para o custo que o banco paga para captar dinheiro no mercado.

Segundo o BC, os spreads (diferença entre taxa de captação e a efetivamente cobrada dos consumidores) voltaram a subir em setembro. Os spreads para pessoas físicas subiram 0,5 ponto percentual, para 40,1%, enquanto que para as empresas o avanço foi de 0,1 ponto, para 13,5%.

- Não houve repasse integral da queda dos juros de mercado em setembro. Numa visão mais geral, ainda há espaço para mais reduções, até porque a Selic tem caído também - avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

Segundo ele, mês passado, houve maior turbulência no mercado por conta de denúncias conta o governo e cenário internacional mais sensível, o que acabou elevando as taxas de juros no mercado, que acabaram recuando em seguida.Cheque especial

Para as pessoas físicas o recuo do juros foi mínimo, de 0,1 ponto percentual, passando para 53,8% ao ano (reforçando o patamar histórico). Para as empresas, o recuo foi de 0,6 ponto percentual, para 27,3%. No cheque especial, a taxa em setembro ficou em 143,5% ao ano, 0,1pp a menos do que agosto. No crédito pessoal, a taxa fechou em 58,9%, com 0,2 pp de queda. No CDC, no entanto, houve aumento nas taxas médias, sobretudo para bens duráveis, de 1,6pp, para 61% ao ano. Para veículos, o crescimento foi de 0,1pp, para 33% ao ano.

- Isso ocorreu basicamente por conta dos spreads - explicou Lopes.

No crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, as taxas médias de juros recuaram 0,2 ponto em setembro, para 34,7% ao ano, muito aquém dos 75,9% anuais cobrados no crédito pessoal em geral. Em volume, o crédito consignado já representa 52% do total do crédito pessoal no país.

Leia mais Globo Online

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]