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O desempenho da economia brasileira abaixo da média da América Latina rendeu críticas à cartilha seguida pelo país. Os juros altos e a crise política seguraram os investimentos e impediram uma expansão acima dos 2,3%. Para o economista João Sicsú, do Instituto de Economia da UFRJ, o "pífio" crescimento de 2005 era esperado graças à política econômica do governo Lula, que "impede que o Brasil surfe na onda de crescimento mundial".

"O que restringe o crescimento econômico é o próprio governo com a sua política monetária restritiva, num cenário de calmaria internacional", avalia Sicsú. Na administração Lula, os juros subiram para combater a inflação. A taxa básica de juros (Selic) saltou de 16,3% em média em 2004 para 19,1% em 2005.

Acuada pela crise de confiança, pelos juros altos e pela concorrência de importados mais baratos, conseqüência da queda do dólar, a indústria teve expansão de 2,5%, contra 6,2% em 2004. A indústria de transformação foi a que cresceu menos, registrando1,3%. "A indústria foi uma das grandes decepções do PIB", diz Julio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Igualmente fraco foi o desempenho do setor agropecuário, que cresceu 0,8% no ano. O cenário, diz a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), é ainda pior do que sugerem os números do IBGE. A renda dos produtores, estima a entidade, teve queda de 10%, por conta de quebras de safra, preços mais baixos e do dólar barato.

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