• Carregando...

A Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público contra o acionista majoritário do grupo Safra, Joseph Yacoub Safra, e outros cinco acusados de envolvimento no pagamento de propina para influenciar julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A denúncia foi feita no fim de março e é mais um desdobramento da Operação Zelotes, que investiga casos de corrupção no Carf, órgão recursal para multas da Receita Federal.

A aceitação da denúncia pela Justiça significa que foi aberta ação penal contra os envolvidos, que se tornam réus. Agora, deve começar a fase de produção de provas e depoimentos.

Além de Joseph Safra, também são alvos o ex-diretor do grupo João Inácio Puga, dois funcionários da Receita, Eduardo Leite e Lutero Fernandes, um ex-conselheiro do Carf, Jorge Victor Rodrigues, e um auditor aposentado, Jefferson Salazar.

A acusação é que negociaram R$ 15,3 milhões de propina para dois servidores da Receita atuarem a favor da JS Administração de Recursos, um dos braços do grupo Safra.

De acordo com a ação, Puga discutia montantes e formas de pagamento, mas só os liberava mediante o aval de Joseph Safra, segundo na lista da “Forbes” dos homens mais ricos do país em 2015.

Outro lado

O advogado do Safra, Luís Francisco Carvalho Filho, já afirmou anteriormente que “nenhum representante da JS Administradora ofereceu vantagem para qualquer funcionário público”.

Em nota divulgada após a denúncia, o grupo Safra disse que as suspeitas “são infundadas”.

“Nenhum representante da JS Administração de Recursos ofereceu vantagem para qualquer funcionário público. A JS não recebeu qualquer tipo de benefício no Carf. Portanto, não há justa causa para o processo”, afirma o texto.

Os demais acusados também negaram as acusações feitas pelo Ministério Público.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]