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Rio de Janeiro – O juiz Paulo Roberto Fragoso, em auxílio à 8.ª Vara Empresarial do Rio, atendendo à solicitação da Varig, adiou o leilão de venda da empresa para do dia 5 para 8 de junho – quinta-feira da próxima semana. O leilão deveria ocorrer, inicialmente, em 9 de julho, 60 dias após a realização da assembléia-geral de credores, que aprovou os modelos de venda da companhia, mas foi antecipado porque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não aprovou os interessados em fazer o empréstimo-ponte para a empresa.

A empresa aérea poderá ser vendida integralmente (operação nacional e internacional, denominada Varig Operações) ou separada, somente operações domésticas, chamada de Varig Regional. Os preços mínimos são, respectivamente, US$ 860 milhões e US$ 700 milhões. Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 8 bilhões.

De acordo com o edital de venda, podem participar do leilão empresas brasileiras com sede e administração no país. Até ontem entraram no "data-room" da Varig – sala virtual com informações confidenciais sobre a empresa – a Gol, TAM, OceanAir e TAP. Para poder acessar as informações, cada empresa teve que depositar R$ 60 mil na conta da Varig.

No leilão, credores da empresa também poderão fazer lances. Nesse caso, o investidor poderá pagar o valor equivalente ao preço mínimo em reais ou com créditos trabalhistas e créditos extra-concursais (conseguidos após o início da recuperação judicial).

O edital prevê ainda que será vendido no leilão o modelo que receber a maior oferta. Entretanto, no caso de propostas iguais para os dois modelos, vence a feita pela Varig Operações.

Se não houver oferta no valor mínimo estipulado para venda da empresa no leilão, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8.ª Vara Empresarial do Rio, poderá definir um novo preço para outro leilão que será realizado no mesmo dia.

A Varig está em recuperação judicial desde junho do ano passado. Ela foi a primeira grande empresa do país a se beneficiar desse processo, que substitui a concordata, já que a Nova Lei de Falências foi aprovada no dia 9 de junho de 2005 e a empresa entrou com pedido no dia 17 daquele mês.

Esse instrumento de recuperação protegeu a Varig de ações movidas por credores, ajudou a empresa a continuar voando, a iniciar um processo de reestruturação e a sobreviver até o leilão.

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