Terminou sem acordo a audiência de conciliação, realizada ontem pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, entre os trabalhadores e os representantes dos Correios do Brasil. O vice-presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, encerrou a audiência e decidiu enviar o processo para julgamento do dissídio coletivo.

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No entanto, na noite de ontem havia a expectativa de que a greve pudesse terminar hoje. Isto porque os funcionários filiados aos sindicatos de São Paulo, Pará e Rondônia decidiram aceitar a proposta e voltar ao trabalho, chegando a 13 o número de entidades que aceitaram a proposta dos Correios. Para terminar com a greve, é necessário que 18 dos 35 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) votem a favor da proposta salarial feita pelos Correios. O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) decidiu pela continuidade da paralisação.

O ministro Dalazen apresentou uma proposta de reajuste salarial de 4,5% a partir de 1º de agosto de 2009 e concessão de aumento real e linear de salário, no valor de R$ 100 para todos os empregados, a partir também de 1º de agosto. Contudo, não houve consenso. A oferta foi aceita pelos Correios, mas rejeitada pelos trabalhadores, que estão em greve desde o último dia 16. Caberá ao ministro relator, Márcio Eurico, marcar a data de julgamento do processo.

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De acordo com diretor do Sintcom-PR, Sandro de Oliveira, o maior impedimento em relação à proposta é que ela é válida por dois anos. Os trabalhadores querem que as negociações salariais aconteçam anualmente. "Na verdade os Correios querem uma garantia de que não haverá greve no próximo ano", defende Oliveira.

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