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Sonegação

Justiça libera 34 presos na Operação Persona

O juiz federal Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Federal Criminal renovou o pedido de prisão temporária de apenas seis dos 40 presos pela Polícia Federal na Operação Persona, voltada a investigar uma quadrilha que importa produtos eletrônicos e de telecomunicação de forma simulada para facilitar a sonegação fiscal em operações de exportação e importação.

O Ministério Público Federal pediu à Justiça a renovação da prisão temporária de 15 acusados, mas apenas seis continuarão presos. A prisão temporária vence à 0h de domingo (21).

O suposto esquema de sonegação de impostos que teria como beneficiária final a multinacional norte-americana Cisco Systems do Brasil, foi alvo de 93 mandados de busca e apreensão. O material apreendido, entre documentos e mercadorias, preencheu uma sala de 60 m² na Superintendência da PF em São Paulo, na Lapa, Zona Oeste da Capital, segundo informa a PF.

Também foram recolhidos na operação, deflagrada na terça-feira (16), US$ 290 mil e R$ 240 mil em dinheiro, cerca de US$ 10 milhões em mercadorias, um avião e 18 veículos. Entre as mercadorias apreendidas, estão softwares.

Alguns depósitos, onde foram encontradas notas fiscais falsas e valores alterados, chegaram a ser lacrados, segundo a PF. Pelo menos outras 30 empresas de fachada fariam parte do esquema. Policiais vasculharam a sede brasileira da companhia norte-americana e recolheram dinheiro dos cofres e equipamentos de alta tecnologia das salas.

A partir de agora, os agentes entram em fase de análise da documentação e oitiva dos presos. Ao todo, foram presas 40 pessoas – 28 delas em São Paulo, onde estão detidos executivos da multinacional. Entre os presos, estão o ex-presidente da Cisco Systems do Brasil Carlos Roberto Carnevali e o atual presidente da empresa no país, Pedro Ripper.

Eles são suspeitos de comandar esquema bilionário de sonegação de impostos e vão responder por formação de quadrilha, uso de documentos falsos, descaminho ou sonegação fiscal e corrupção passiva e ativa.

A delegada da PF Érika Nogueira vai analisar agora se é necessário o pedido à Justiça da prisão preventiva dos investigados.

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