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Segundo fiscais da Receita Federal, há indícios de lavagem de dinheiro no esquema de fraude e sonegação de impostos do qual são acusadas a Cisco Systems e a importadora Mude Comércio e Serviços Ltda. Os investigadores desconfiam que o esquema tenha praticado evasão de divisas simulando o pagamento de direitos autorais de softwares.

O dinheiro seria enviado para empresas com sede no Caribe como se fosse parte de operações para pagar os titulares da patente do software. Para a Polícia Federal, essa seria uma forma de ocultar patrimônio. Essas empresas seriam responsáveis pela ligação entre as empresas fantasmas brasileiras e as americanas mantidas pelo esquema suspeito de sonegar R$ 1,5 bilhão.

Além de propiciar a evasão por meio do pagamento de direitos autorais falsos, as operações com os softwares permitiam, segundo os investigadores, uma outra fraude: fingir que o valor do software era muito superior ao do equipamento importado.

Ex-presidente

Outro ponto apurado é a real participação do executivo Carlos Roberto Carnevali, ex-presidente da Cisco do Brasil, no esquema. Investigadores têm indícios de que Carnevali estaria por trás das operações da importadora Mude. A Mude é uma empresa brasileira com filial nos EUA que intermediava a importação dos produtos da Cisco para o Brasil.

Procurada pelo G1, a Cisco Systems informou que, por enquanto, não comentaria o caso. A empresa limtou-se a publicar nota em que afirma que "assumirá responsabilidade e tomará as medidas cabíveis assim que forem finalizadas as investigações dos fatos".

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