As visitas à Itaipu Binacional estão suspensas há três semanas por causa da paralisação.| Foto: Kiko Sierich/ Gazeta do Povo

Depois de 20 dias de greve, os funcionários da Itaipu Binacional sofreram uma derrota importante na Justiça. A juíza Nancy Mahra de Medeiros Nicolas Oliveira, da 2.ª Vara do Trabalho de Foz do Iguaçu, concedeu nesta terça-feira (6) uma liminar garante o livre acesso de todos os empregados que queiram trabalhar aos seus postos na usina. Com o deferimento judicial do pedido de interdito proibitório, a direção de Itaipu informou que começará a descontar os dias não trabalhados.

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Os eletricitários da margem brasileira da binacional estão de braços cruzados desde 16 de setembro. Eles reivindicam, principalmente, equiparação salarial com os empregados do lado paraguaio da binacional, que, segundo os sindicatos da categoria, recebem remunerações melhores.

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O movimento grevista chegou a um impasse na última quinta-feira (1º), quando uma reunião de mediação no Ministério Público do Trabalho, em Curitiba, terminou sem acordo. Apesar de Itaipu ter melhorado a proposta para encerrar a paralisação, os sindicatos consideraram que ela não mexeria na estrutura da tabela de remuneração de modo a buscar o equilíbrio entre os salários de brasileiros e paraguaios. PO movimento é capitaneado pelos sindicatos Sinefi, Sindepel, Sinaep e Senge.

Turismo

Enquanto a situação não se resolve, a greve prejudica o setor turístico. As visitas na usina estão suspensas desde o início da paralisação, o que tem frustrado visitantes que vem de longe para conhecer uma das maiores hidrelétricas do mundo e causado prejuízo financeiro a operadores de turismo.

A empresa esclarece que o movimento não tem afetado a geração de energia e que sempre esteve aberta à negociação. Segundo Itaipu, desde setembro de 2014 ocorreram 14 reuniões entre os sindicatos e a Comissão Negociadora de Relações Trabalhistas da Itaipu/ME (margem brasileira), das quais três trataram especificamente da questão das tabelas salariais.