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A Klabin confirmou ontem que estuda uma nova ampliação da fábrica de Monte Alegre, localizada em Telêmaco Borba, a 245 quilômetros de Curitiba. A fabricante, que conclui no início de 2008 um pacote de investimento de R$ 2,2 bilhões na unidade, colocou em operação na última segunda-feira a sua mais nova máquina, com capacidade para produzir 350 mil toneladas/ano de papel cartão para embalagens."Já estamos elaborando novos projetos para as fábricas do Paraná e de Otacílio Costa e Correia Pinto, em Santa Catarina", disse Francisco Razzolini, diretor do projeto MA-1100, que prevê a ampliação da fábrica paranaense.

A empresa não deu detalhes dos novos projetos, mas, segundo informações do mercado, a ampliação no Paraná poderá incluir uma nova máquina de papel-cartão para fabricar mais 350 mil toneladas, com início de operação em 2010.

Fabricada pela alemã Voith Paper, a máquina número 9, inaugurada na segunda-feira, mede 250 metros de comprimento, tem sete metros de largura de tela e é considerada a maior do hemisfério sul. O equipamento levou um prazo recorde de 14 meses e 20 dias para ser instalado. Nesse processo, foram empregadas 5,5 mil pessoas, com pico de 8 mil na reta final da instalação, em setembro. "Não reduzimos nossa previsão de produção. É como trocar a turbina com o avião em movimento", compara Paulo Petterle, diretor da Unidade de Papéis e Sacos Industriais da Klabin.

A máquina deverá operar com 85% da sua capacidade nominal em 2008. Até o final de 2007, serão produzidas 40 mil toneladas de papel kraftliner. O projeto de ampliação em curso vai usar também biomassa para elevar a auto-suficiência energética de 66% para 80% na fábrica Monte Alegre.

Os investimentos de R$ 2,2 bilhões devem elevar a produção total da Klabin de 1,6 milhão de toneladas/ano para 2 milhões de toneladas/ano, a plena capacidade. A proporção de papel-cartão sobre o total produzido pela empresa subirá de 25% para 40%. O objetivo da Klabin com a investida é ter uma concetntração maior de papel de maior valor agregado no seu mix. O papel-cartão custa cerca de US$ 200 por tonelada mais do que o kraftliner e tem uma demanda crescente com o aumento do consumo de produtos industrializados. Em 2006, o faturamento da empresa chegou a R$ 2,6 bilhões. A companhia tem 17 unidades no Brasil e uma na Argentina.

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