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A produtora francesa de cimento Lafarge, maior do setor no mundo, estaria contratando bancos para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua unidade brasileira, segundo noticiou nesta quinta-feira o IFR, um serviço da Thomson Reuters.

Ainda há um debate sobre se a companhia completará neste ano o IPO, que deve ser bilionário, mas profissionais de bancos estão dizendo que esse seria o plano.

O Morgan Stanley deve ser escolhido coordenador-líder da operação, segundo o IFR, com alguns dos maiores financiadores da Lafarge também ajudando a estruturar a oferta, incluindo Citigroup, HSBC, BNP Paribas, Natixis e Société Générale.

A Lafarge está no Brasil desde 1959, com fábricas e estações de moagem para a produção de cimento em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Paraíba, Bahia e Pernambuco. O grupo tem ainda unidades de concreto, mineração e gesso.

A Lafarge dobrou de tamanho no Brasil em julho do ano passado, depois de assumir ativos da Votorantim pela venda de sua participação na cimenteira portuguesa Cimpor ao conglomerado brasileiro. A capacidade da Lafarge no país subiu para cerca de 7 milhões de toneladas anuais, colocando a empresa entre as maiores do setor.

As vendas de cimento no Brasil vêm sendo puxadas pelo desempenho do setor de construção civil, sobretudo na área de imóveis residenciais, impulsionada pelo programa do governo "Minha Casa, Minha Vida".

Além disso, os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão aumentando a demanda por cimento e há ainda importantes obras previstas para Copa do Mundo e Olimpíadas, em 2014 e 2016, respectivamente.

Durante os 12 meses até fevereiro, as vendas de cimento no mercado interno cresceram 14,2 por cento sobre o período anterior, com 59,9 milhões de toneladas, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Comento (Snic).

Liz estreia setor na bolsa

A brasileira Liz Cimentos está com IPO em andamento e será a primeira do setor a ter ações negociadas na Bovespa.

A Liz --focada nos mercados de Minas Gerais e São Paulo-- levantará até 837 milhões de reais em sua oferta primária, considerando o teto do preço sugerido para a ação e o exercício integral de lotes suplementar e adicional de papéis, se houver demanda.

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