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Três lançamentos são apostas de verão

A Leão Júnior investiu R$ 3 milhões no lançamento de três novos produtos no mercado. Eles prometem inaugurar novas categorias de produtos e aumentar as vendas da Matte Leão em 40% nesse verão, na comparação com o mesmo período do ano passado. A principal novidade é a chegada do Green Tea Spree, primeiro chá levemente gaseificado do mercado, que foi lançado no sabor limão no início desse mês nas versões de 500 ml e 1,5 litro.

"A aceitação tem superado as expectativas. Vendemos em 10 dias o que prevíamos vender durante um mês", diz Renato Barcellos Guimarães, diretor geral da empresa, que não revelou o tamanho potencial desse mercado.

A expectativa é que essa categoria passe a representar 10% do faturamento – estimado em R$ 180 milhões em 2007 – até o final do ano. "Até março, esse porcentual deve subir para entre 15% e até 20% das receitas ", afirma.

Outro lançamento é o Guaraná Power Plus, à base de taurina, que marca a entrada da companhia no mercado de energéticos, um projeto antigo, que vinha sendo estudado antes mesmo de ser comprada pela Coca-Cola. Em novembro, por sua vez, chega ao mercado o Green Tea Soy, à base de soja, em embalagem cartonada de 1 litro. (CR)

A Leão Júnior, dona da marca Matte Leão, deve definir até o final do ano o local da sua nova linha de chás secos, que substituirá a atual, em Curitiba, a partir de 2009. A cidade que conquistar o investimento de R$ 20 milhões, no entanto, deve levar também o projeto da segunda fábrica de chás líquidos da empresa – a outra fica no Rio de Janeiro – que deve sair do papel dentro de dois anos e absorver mais R$ 15 milhões. Paraná e Santa Catarina estão na disputa pelos empreendimentos.

"Estamos procurando uma área de 100 mil metros quadrados para abrigar os dois projetos", disse Renato Barcellos Guimarães, diretor geral da empresa, ontem em Curitiba durante a apresentação dos lançamentos da marca para o verão.

Segundo Eduardo Araújo, diretor industrial e de operações, a preferência é por instalar a fábrica na região de Curitiba e aproveitar os 490 funcionários da atual unidade, localizada no bairro Rebouças. "Mas estamos avaliando as possibilidades e veremos também o que é melhor para os negócios", diz. Segundo ele, a empresa chegou a avaliar condições de instalar a nova fábrica em São Paulo e no Rio, mas essas opções já foram descartadas.

No caso da região de Curitiba, o principal complicador é a falta de incentivos fiscais. Curitiba, São José dos Pinhais e Araucária, por exemplo, ficaram de fora dos benefícios do Bom Emprego, programa de incentivos do governo estadual que posterga o prazo para recolhimento de ICMS. As cidades do interior, onde é possível prorrogar até 90% do imposto, não são interessantes para a empresa. Hoje 60% dos fornecedores da Leão Júnior estão no Paraná e entre 30% e 35%, em Santa Catarina.

A nova fábrica de chás secos deve estar pronta até março de 2009 e absorver 60% dos investimentos totais previstos para 2008, de R$ 30 milhões. A Leão Júnior, que foi comprada em março desse ano pela Coca-Cola, precisará de uma nova unidade industrial porque o imóvel onde funciona hoje a linha de chás em saquinhos não foi incluído na negociação com a multinacional norte-americana e continua pertencendo à família Leão.

A atual fábrica processa 12 milhões de quilos por ano de erva-mate, mas a nova terá potencial até 50% maior, para atender ao aumento anual das vendas, estimado em 10% pelos próximos cinco anos.

Fundada há 106 anos, a Leão possui fábricas em Curitiba – onde está sua atual sede e é produzida a linha de chá seco –, no Rio de Janeiro, que faz a linha de chás prontos para consumo, e em Fernandes Pinheiro (PR). A empresa, que possui ao todo 929 empregados, prevê um crescimento de 18% nesse ano, para R$ 180 milhões.

Líder em chás secos, com 64,6% de participação, e em chás líquidos, com 50,1%, de acordo com a leitura ACNielsen junho/julho desse ano, a Leão Júnior terá de manter a gestão e a operação independentes da Coca-Cola até o julgamento do processo de concentração de mercado pelo Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa é que a decisão só saia no segundo semestre de 2008. Com a aquisição, a Coca-Cola passa a deter perto de 70% do mercado.

No final de agosto, a empresa assinou o Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro), pelo qual deverá manter separada a estrutura de produção de chás prontos e terá que apresentar relatórios em reuniões bimestrais sobre o cumprimento do Apro. A primeira delas, segundo Renato Barcellos Guimarães, está marcada para 30 de outubro.

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