O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), reagiu às críticas do secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Scherer, de que o governo Lula não correspondeu às expectativas de inclusão social. Chinaglia disse que a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2004) mostrou uma ligeira reversão da desigualdade na comparação dos dados de 2004 com 2003.
Chinaglia disse respeitar a opinião da CNBB, mas afirmou que a entidade deveria apresentar uma proposta de política econômica. Segundo ele, ninguém mais do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer melhorar a distribuição de renda no país.
- Ao criticar a política econômica, seria oportuno que a CNBB apresentasse a sua proposta. Estamos num mundo em que há limites, como o próprio secretário-geral reconhece. Sua opinião é respeitável, mas discordamos que não tenha havido inclusão social - disse o líder do governo.
Ao lançar a Campanha da Fraternidade 2006, Dom Odilo defendeu a revisão da política econômica, a redução da taxa de juros e a criação de empregos. Dom Odilo lembrou que o crescimento econômico brasileiro em 2005, de 2,3% do PIB, só foi mais alto do que o do Haiti na América Latina, enquanto os bancos registraram lucros recordes. Ele disse que o Brasil é um "paraíso financeiro" e que a política econômica é concentradora de renda.
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