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Governantes europeus reunidos em Berlim neste domingo (22) apoiaram a supervisão de todos os mercados financeiros, incluindo a atuação de fundos de hedge, e querem sanções contra paraísos fiscais, de acordo com um comunicado da reunião obtido pela Reuters.

O resumo da nota do encontro organizado pela chanceler alemã, Angela Merkel, descreve a situação dos mercados financeiros como "perigosa" e vê a necessidade de reformas estruturais e de os países focarem nos gastos públicos como forma de saírem mais fortes da crise global.

"Nós salientamos hoje mais uma vez a nossa convicção de que todos os mercados financeiros, produtos e seus participantes devem ser objeto de supervisão e regulação, sem exceção, não importa o país", afirmou o comunicado.

"Isto é especialmente verdade para as organizações privadas de capital, inclusive os fundos hedge, que podem representar um risco sistêmico".

O comunicado também pede para ações definitivas contra paraísos fiscais e com poucas regulamentações.

Merkel pediu para que os líderes da Grã Bretanha, França, Itália, Espanha, Noruega, República Checa e Luxemburgo, o presidente da Comissão Europeia, ministros da Fazenda e bancos centrais europeus preparem uma posição comum antes do encontro de todos os países do G20 em Londres, no dia 2 de abril.

Distorção

Desde o primeiro encontro do G20 sobre reformas do sistema financeiro mundial, realizado em Washington no fim do ano passado, as recessões na Europa e nos Estados Unidos pioraram, forçando governos a elaborarem grandes pacotes de estímulos econômicos.

O encontro em Berlim acontece uma semana após acusações de protecionismo entre nações europeias, com alguns dos parceiros da França se contrapondo ao plano francês de oferecer 6 bilhões de euros (US$ 7,6 bilhões) em empréstimos do governo para montadoras nacionais.

No comunicado final, os líderes se comprometeram em implementar medidas de estímulo e planos de resgate financeiro de maneira a "limitar distorções na competição para perto de zero".

Novas tensões entre países da zona do euro e os problemas financeiros de membros do leste europeu colocaram uma nuvem sobre o encontro na capital alemã.

Antes do encontro, o Fundo Monetário Internacional apoiou a ideia de títulos comuns europeus para aliviar a pressão em países do bloco como a Irlanda e a Grécia, que estão sendo obrigadas a pagar mais que membros mais fortes para financiar suas dívidas.

No leste europeu, as moedas de países como Polônia, República Checa e Hungria estão sob forte pressão, afetando milhares de pessoas na região que emprestaram dinheiro em moeda estrangeira, como o euro.

A Alemanha, a referência europeia na emissão de títulos de dívida, rejeitou a ideia de títulos na zona do euro.

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