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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmaram que se opõem a uma consolidação fiscal por meio da emissão de bônus da zona do euro – chamados "eurobônus" ou "eurobonds" –, uma ideia que ganhou força nos últimos dias. Os títulos seriam vendidos em nome dos 17 países da zona do euro, tornando o bloco coletivamente responsável pela dívida soberana da região. Merkel disse não acreditar que a emissão de eurobônus resolveria os atuais problemas na zona do euro. Sarkozy, por sua vez, declarou que tal movimento só poderia funcionar com uma integração fiscal completa.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse ontem que a zona do euro deveria desenvolver sanções para os países que violem as regras sobre orçamento antes de considerar aumentar o fundo de resgate do bloco ou emitir eurobônus. "A única maneira de tornar o euro bem-sucedido é impondo sanções automáticas para países que violem as regras", afirmou.

A Holanda, que muitos consideram ter uma das economias mais saudáveis da Europa, tem alertado que a expansão do Fundo de Estabilidade Financeira Europeia pode prejudicar sua capacidade de obter crédito. Os holandeses também argumentam que a medida pode desencorajar países como Itália e Espanha a acelerarem seus processos de reforma, por causa da possibilidade de aproveitar a linha e transferir sua dívida para outros países.

A ministra de Finanças da Espanha, Elena Salgado, disse que os eurobônus são uma boa ideia, mas que a proposta "não está sobre a mesa no momento". Em entrevista a uma rádio, ela disse que a emissão de eurobônus – que provavelmente resultaria em custos de financiamento mais baixos – não obrigaria a Espanha a desacelerar seu atual programa de austeridade.

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