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A Justiça concedeu liminar que determina a retirada da Cosan da lista suja do Ministério do Trabalho. O juiz federal do trabalho substituto Raul Gualberto Fernandes Kasper de Amorim acatou recurso da principal produtora do setor sucroalcooleiro do país e deu prazo de três dias para que a Cosan seja retirada da relação, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

A empresa foi incluída na lista no último dia 31 de dezembro, em razão de uma fiscalização ocorrida em 2007, na qual 42 trabalhadores foram encontrados em condições semelhantes à de escravos, na usina Junqueira, em Igarapava, extremo norte de São Paulo.

A Cosan alega que a empresa José Luiz Bispo Colheita - ME, que prestava serviços na usina, era responsável pelos trabalhadores, e que assim que tomou conhecimento do fato a exclui da sua lista de fornecedores. A Cosan disse também que, na ocasião, pagou as despesas para regularizar os funcionários.

A inclusão da Cosan na lista do Ministério do Trabalho fez com que o BNDES suspendesse operações com a empresa. O banco condicionou a retomada dos negócios à retirada da Cosan da relação. A companhia havia obtido crédito de R$ 635,7 milhões junto ao BNDES em junho do ano passado. Empresas como a Shell e o Walmart – que suspendeu a compra de açúcar da Cosan – pediram explicações sobre a presença da empresa no cadastro do governo.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu a companhia. "No meu entender houve exagero e erro", disse Stephanes sobre a inclusão da empresa na "lista suja" do governo. "Não há culpa da Cosan. Ela é signatária do acordo de boas práticas do setor e cumpre", afirmou. "O que houve foi um problema, há três anos, com terceirizados de um de seus fornecedores", disse.

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