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Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o etanol já passa da casa dos R$ 2 em alguns postos e perde clientes para a gasolina, que se mantém no preço das semanas anteriores. O álcool varia entre R$ 1,83 e R$ 2,09 o litro, conforme sondagem feita ontem pela reportagem, enquanto a gasolina sai entre R$ 2,64 e R$ 2,79. Num dos postos pesquisados, o litro do álcool aumentou 17% desde a semana passada, subindo de R$ 1,79 para R$ 2,09. A menor variação encontrada foi de 5%, com o produto passando de R$ 1,74 para R$ 1,83 por litro.

O auxiliar de produção Heron Fernando, que tem carro flex, comprou ontem R$ 50 de gasolina. "Fiz a comparação com o álcool e por enquanto não dá, tem de abastecer com a gasolina mesmo, que rende mais e sai mais barato nesse momento", afirma o consumidor.

Considerando o preço mais baixo encontrado pela reportagem, o álcool sai a 69% do preço do litro da gasolina, o que ainda o torna competitivo. Mas, quando considerados os preços médios praticados pelos postos, o etanol custa mais de 70% do valor da gasolina e deixa de ser compensador.

O empresário Djanuzzi Fontini Reis diz que há postos que operam com estoques comprados antes do aumento. "Em uma semana, o preço do álcool já subiu de R$ 1,40 para R$ 1,80 para nós, revendedores", afirma. A tendência, acredita ele, é de que o movimento de alta continue nas próximas semanas. "A única justificativa que as distribuidoras nos dão é que a safra da cana-de-açúcar foi muito pequena, então não sabemos como vai se comportar o preço do combustível, porque as pessoas podem migrar para a gasolina e ela também acabar ficando mais cara", comenta o empresário.

Em Londrina (Norte do estado), tanto o álcool quanto a gasolina tiveram reajustes nos preços nos últimos dias. Da média de R$ 1,68, o álcool passou a ser vendido por R$ 1,81. Em alguns postos, o litro chega a ser vendido a R$ 1,89. Os proprietários dos estabelecimentos também argumentam que estão apenas repassando a alta realizada pelas distribuidoras.

Gasolina em queda

A gasolina teve redução no preço em grande parte dos postos da cidade. De um preço médio de R$ 2,65, o litro do combustível está sendo vendido agora a R$ 2,60. Ontem, o gerente de produção Cícero Gonçalves encheu o tanque com álcool, num posto onde o litro do combustível custava R$ 1,79 e a gasolina, R$ 2,59.

"Dessa vez, não prestei atenção nos valores e, pela força do hábito, fui direto no álcool, mas não sei qual está compensando mais", disse. Sem saber, Gonçalves acertou na escolha. Pelo valor da gasolina neste posto, o álcool é mais viável se custar até R$ 1,80 o litro.

Preferência

Mesmo assim, no mesmo estabelecimento, houve quem preferisse investir na gasolina. O advogado Moaci Mendes Leite não pretende trocar a gasolina pelo álcool. "Depois do aumento violento, o preço da gasolina deu uma aliviada. Eu não gosto de abastecer com álcool e a diferença não está valendo tanto a pena", avalia.

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