O Banco do Brasil é o gestor e também uma das empresas signatárias do pacto global da ONU pela equidade de gênero no trabalho.| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira (11) o lançamento de um fundo de investimentos para aplicar em ações de empresas comprometidas com políticas de igualdade de gênero.

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O fundo será formado inicialmente por 18 empresas brasileiras listadas na Bolsa e que são signatárias de um pacto global da ONU (Organização das Nações Unidas) pela equidade de gênero nas companhias, o Women’s Empowerment Principles. No portfólio estão ações de empresas como Natura, Ambev e Lojas Renner.

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Além das brasileiras, haverá ainda cinco empresas estrangeiras com BRD (Brazilian Depositary Receipts) listados na Bolsa paulista, como Microsoft e Pepsico, explica Paula Mazanék, gerente geral da unidade de captação e investimentos do BB.

“Fomos aos relatórios de sustentabilidade das empresas e buscamos informações sobre o percentual de mulheres em cargos de gerência, diretivo e no conselho de administração. Usamos essas informações para ranquear as empresas”, explica Vinícius Vieira, gerente da área de fundo de ações ativos da BB DTVM, responsável pela distribuição do produto a partir desta quarta-feira (12).

Batizado de BB Ações Equidade, o fundo receberá no varejo captações a partir de R$ 200, com taxa de administração de 1,5% (podendo chegar a 2%).

Para o cliente private, a aplicação inicial é de R$ 25 mil e a subsequente, de R$ 1.000. A taxa de administração inicial é de 1%, com máximo de 1,5%.

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Paulo Caffarelli, presidente-executivo do BB, diz que a meta é o fundo atingir R$ 200 milhões em três anos. 

“Não basta a empresa ser aderente ao princípio da ONU, é preciso que o seu papel também apresente performance. É uma junção de rentabilidade e sustentabilidade, de desempenho da empresa com suas políticas de diversidade e igualdade”, diz Caffarelli.

Desde que o pacto da ONU foi lançado, em 2010, 1.952 empresas assinaram os princípios.  Dessas, 173 são brasileiras. 

Segundo Caffarelli, de 2016 para cá o número de mulheres em cargos de comando no banco subiu de 12% para 16% – a ideia é que a empresa atinja ao menos 22%.

“Tivemos uma dificuldade grande no passado que foi o represamento dessas mulheres em nível de gerência de pequenas agências. Observamos que elas paravam aí na carreira. O banco tinha uma cultura muito conservadora nesse sentido. Estamos trabalhando para promover a migração mais rápida a cargos de comando, mas isso também não acontece de um dia para o outro. A ideia é chegar a esse patamar que consideramos padrão, de 22%, mas não parar por aí “, diz.

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