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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão | Antonio Cruz / Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão| Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Maringá e Campo Mourão - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, convocou a Petro­bras para atuar mais fortemente no segmento de etanol. A estatal produziu 942 milhões de litros de álcool em 2010, o equivalente a apenas 3,7% da produção total da região Centro-Sul. A intenção do governo é que a Petrobras avance rapidamente para funcionar como reguladora do mercado.

O ministro acrescentou que o governo pretende priorizar a concessão de financiamentos públicos – do BNDES e do Banco do Brasil, por exemplo – à produção do combustível, como uma das medidas para garantir o abastecimento. "O preço internacional de açúcar está bastante elevado e as destilarias privilegiam neste momento a produção de açúcar em prejuízo do etanol, enquanto o objetivo fundamental do financiamento público é o etanol. Temos que garantir o abastecimento."

Lobão disse ainda que a presidente Dilma Rousseff "não quer que haja aumento" da gasolina. "A Petrobras tem interesse em fazer um reajuste. Mas tanto o ministro Mantega quanto eu temos dito à Petrobras que não concordamos."

Reação

O setor sucroalcooleiro do Paraná criticou a possível restrição de financiamentos a usinas que produzem mais açúcar do que etanol. "Não tem que restringir nada, temos que produzir tanto álcool quanto açúcar, buscar expandir a produção. Temos potencial para crescer em todas as linhas e isso precisa ser incentivado", disse o superintendente da Associação de Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), José Adriano Dias. Dados da Alcopar apontam que 12 usinas do Centro-Sul do país que produziam somente etanol passaram a produzir açúcar neste ano – duas estão no Paraná, onde 24 usinas realizam a produção mista.

Uma das usinas que deve produzir mais açúcar é a Sabarálcool, de Engenheiro Beltrão (Noroeste do estado). Para o diretor-administrativo da empresa, Fábio Vicari Rezende, a presidente Dilma não conhece a realidade do setor. "O financiamento já é extremamente restrito, então a medida do governo não fará diferença." O presidente da Cooperval, de Jandaia do Sul (Norte), Helcio Rabassi, diz que "financiamentos privilegiando grupos não resolver o problema". "O fato é que temos que produzir os dois e a produção está desorganizada desde 2008."

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