Assembleia realizada ontem na Praça Santos Andrade, em Curitiba, decidiu detalhes da paralisação| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo

Sem interrupção

Para contornar os transtornos causados pela greve dos vigilantes, veja que serviços não dependem da abertura de agências bancárias:

Nas casas lotéricas:

- Recebimento de benefícios sociais como Bolsa Família, INSS, FGTS, Seguro-Desemprego e PIS

- Pagamento de contas de água, luz e telefone

- Pagamento de bloquetos de cobrança bancária

- Pagamento de prestação habitacional

- Consulta de saldo de conta corrente e poupança

- Depósitos em conta corrente e poupança

- Saques de conta corrente e poupança com o cartão magnético

Em terminais eletrônicos (caixas automáticos e salas de autoatendimento):

- Saques

- Depósitos em dinheiro ou cheque

- Consulta e retirada de saldo/extrato

- Transferências

- Retirada de folhas de cheque

- Pagamento de contas (não vencidas)

- Agendamento de pagamentos e DOC

- Pagamento de cartão de crédito

- Saques de benefícios sociais, com o cartão magnético

- Resgate de investimento

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Sindicato dos bancários vai pressionar por solução rápida

A possibilidade de caos no setor financeiro do Paraná fará com que o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região pressione os bancos para que haja uma solução para o impasse.

"Nós apoiamos a mobilização dos vigilantes, pois estamos percebendo que a negociação não evolui. Mas vamos exigir que a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] e os banqueiros façam pressão para sair uma solução", afirma o presidente da entidade, Otávio Dias.

Ainda de acordo com o dirigente, nenhuma agência irá abrir sem que dois profissionais estejam presentes. "Sem vigilantes, não abre. Se não aparecerem dois homens, a agência estará fora das orientações legais e não terá expediente. Somente assim a segurança dos funcionários e dos clientes estará garantida", afirma. (CGF)

Com a maior parte das agências e postos bancários de Curitiba, região metropolitana e muitas áreas do interior fechadas hoje, por causa da greve dos vigilantes patrimoniais – responsáveis pela segurança das entidades financeiras, além das indústrias, comércios e órgãos públicos –, as opções para clientes de bancos se reduzem às lotéricas e terminais de autoatendimento, além da internet. A Lei 7.102 não permite a abertura de agências bancárias sem a presença de no mínimo dois vigilantes. Caso um profissional esteja presente, somente expediente interno é permitido. Mesmo com a greve e os bancos fechados, o vencimento das contas não muda.

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A paralisação também deve provocar o desabastecimento de cédulas no sistema de caixas eletrônicos das agências, já que os carros-fortes não poderão descarregar. Os terminais localizados em shoppings, supermercados e postos de gasolina devem funcionar normalmente, pois são abastecidos por profissionais terceirizados.

A expectativa do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes) e da Federação dos Vigilantes do Paraná (Fetra­vispp) é de que 80% dos profissionais cruzem os braços no primeiro dia de paralisação. São 22,6 mil vigilantes em todo o estado, dos quais 8 mil na capital e região metropolitana. A greve foi decidida no dia 26 de janeiro, durante reunião em Curitiba, com a presença de 1.350 vigilantes. Também houve assembleias em Londrina, Foz do Iguaçu, Maringá, Pato Bran­co, Umuarama e Ponta Grossa.

Segundo João Soares, presidente de ambas as entidades, os efeitos da paralisação da categoria devem atingir em cheio o setor financeiro. "A greve é geral e por tempo indeterminado. É líquido e certo que teremos próximo de 100% das agências bancárias fechadas. O sistema se tornará um caos. Isso vai dar força ao movimento", afirma.

Na última greve da categoria, em 2009, mais de 200 agências e postos de atendimento bancários da capital permaneceram fechados. Nos dias seguintes, o número aumentou e chegou a 270 estabelecimentos fechados. No total, há 344 agências em Curitiba e 1.337 no Paraná. "Na última greve, todas as agências da região central e algumas do interior ficaram fechadas. Pela nossa experiência, já sabemos que a maioria dos estabelecimentos não vai abrir por causa da ausência de vigilantes", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias.

Na assembleia de ontem a noite, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, a categoria definiu detalhes da paralisação. Durante o período de greve, os profissionais prometem se reunir diariamente no mesmo local.

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