A fabricante de bebidas AmBev anunciou nesta quarta-feira que encerrou o terceiro trimestre com salto de 47,5 por cento no lucro líquido em relação ao obtido um ano antes, para 1,815 bilhão de reais.

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Já no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido da empresa somou 4,97 bilhões de reais, alta de 18,6 por cento.

O resultado, segundo a companhia, foi apoiado em incremento do volume de vendas no Brasil, que foi de 12 por cento entre julho e setembro. Essa expansão, por sua vez, decorreu do aumento do volume de cerveja, cujo crescimento foi de 12,5 por cento no terceiro quarto do ano. Enquanto isso, as vendas de refrigerantes e não-alcoolicos avançaram 10,4 por cento na relação anual.

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"No Brasil os fundamentos macroeconômicos positivos continuam a dar suporte ao crescimento da indústria. Além disso, o sucesso das nossas inovações e ganhos de market share em comparação com 2009 continuaram alavancando o crescimento do volume de cerveja", afirma a AmBev no demonstrativo de resultados.

Contribuiu para o resultado também o desempenho financeiro. A empresa teve um resultado financeiro líquido positivo de 48 milhões de reais no terceiro trimestre contra perda de 243,1 milhões de reais um ano antes.

O volume de vendas global cresceu 8,1 por cento no terceiro trimestre, sendo que a região chamada pela empresa de "HILA-Ex" (operações no norte da América Latina) respondeu por uma alta de 4,1 por cento e a América Latina Sul, por um avanço de 2,1 por cento. O volume, contudo, foi parcialmente afetado por uma queda de 5,4 por cento no Canadá.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) encerrou o período em 2,653 bilhões de reais, alta de 11,8 por cento. A margem passou de 43,8 para 44,4 por cento.

Apesar do aumento das vendas, a HILA-Ex registrou Ebitda negativo de 21 milhões de reais no período, impactada pela queda no volume de cerveja na Venezuela, onde as operações continuam "desafiadoras", conforme a empresa.

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No final de agosto a AmBev anunciou a integração de suas operações às da venezuelana Cerveceria Regional. Com a conclusão do negócio, ocorrida em 20 de outubro, a AmBev passou a deter 15 por cento da Regional, cujos resultados devem ser incorporados ao balanço no quarto trimestre.

De julho a setembro, a receita por hectolitro no Brasil totalizou 145,7 milhões de reais, alta de 6 por cento ano a ano.

Se considerada apenas a receita por hectolitro de cerveja, houve expansão de 6,2 por cento, somando 162,3 milhões de reais, "devido aos nossos aumentos de preço em linha com a inflação e ao impacto positivo do aumento na distribuição direta".

A receita por hectolitro da operação de refrigerantes e não-alcoólicos cresceu 3,9 por cento no terceiro trimestre, a 97,2 milhões de reais.

A AmBev informou ainda que, nos nove meses até setembro, os investimentos realizados estão próximos de 1,5 bilhão de reais. Até dezembro, a empresa estima concluir o plano de 2 bilhões de reais aportados no país.

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