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O lucro bruto da operação brasileira do HSBC já é o terceiro maior do banco no mundo, atrás de Hong Kong e Grã-Bretanha. Gra­ças à expansão da carteira de crédito e do aumento do lucro líquido, a participação do país nos ganhos brutos do banco passou de 3,8% em 2009 para 5,6% em 2010.

O lucro líquido da filial brasileira aumentou 61%, para R$ 1,1 bilhão, em meio ao crescimento de 20% na carteira de crédito, que encerrou o ano em R$ 50 bilhões. Os depósitos e captações aumentaram na mesma proporção, para R$ 83 bilhões, e a receita de prestação de serviços avaçou 9%, para R$ 2,3 bilhões. Em termos mundiais, o grupo dobrou seu lucro líquido no ano passado, para US$ 14,19 bilhões.

Segundo o diretor-presidente do HSBC no Brasil, Conrado Engel, a projeção é de um aumento de 16% a 18% na carteira para este ano. O banco trabalha com uma expectativa de inflação acima da meta, em 6%, e uma taxa de juros Selic de 12,5% no fim do ano. "Naturalmente será um ano mais difícil, mas vamos crescer acima da média, sobretudo nas carteiras de empresas e habitacional", afirma Engel.

No crédito imobiliário, o HSBC prevê um aumento de pelo menos 40% na carteira, depois de um avanço de 48% em 2010. "As pessoas estão comprando mais casas e vão continuar em 2011", afirma. O HSBC também mira os negócios de pequenas e médias empresas, segmento que lhe rendeu um crescimento de 48% na carteira em 2011. Os negócios com grandes empresas tiveram expansão de 37%.

Para fazer frente a essas projeções, o HSBC aumentou em 10% os investimentos programados para 2011. Serão R$ 100 milhões na rede de agências, que conta hoje com 865 unidades, principalmente em reformas para adaptação aos padrões mundiais do grupo. Cerca de dez novas agências devem ser abertas neste ano. Outros R$ 200 milhões vão para a área de marketing.

Spread

Apesar das projeções de crescimento, o crédito está mais caro. As medidas macroprudenciais anunciadas pelo Banco Central no fim do ano passado, como o aumento do depósito compulsório dos bancos, já elevaram o spread (diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar dinheiro e as que são cobradas do cliente). Engel diz que o HSBC "acompanhou o mercado" e a carteira mais afetada foi a do setor automotivo.

Segundo Engel, a estratégia do banco passa pela concentração das operações junto a clientes "premier", com renda a partir de R$ 3 mil. A financeira Losango, que é controlada pelo grupo, por sua vez, vem se concentrando nas classes C e D e elevou seus ativos em 20% no ano passado.

O bom momento econômico no ano passado contribuiu para a queda de 1,1% para 0,7% no índice de inadimplência (de 90 a 180 dias) na carteira. Com isso, houve redução de 36% nas despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa, para R$ 1,9 bilhão.

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