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As companhias aéreas cortaram suas expectativas de lucro em mais de 50 por cento, para 4 bilhões de dólares, nesta segunda-feira, pressionadas por preços elevados de combustível e problemas no Japão, norte da África e Oriente médio.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que representa a maior parte das companhias aéreas do mundo, também alertou para uma guerra comercial se a Europa seguir com os planos de forçar as transportadoras a aderirem a uma nova regulamentação de controle de emissões de poluição no próximo ano. A China já avisou que vai apoiar uma eventual ação legal.

As companhias aeéeas afirmam que a nova regulamentação vai apenas aumentar os custos e adicionar pressão a um quadro de aperto causado pela fraqueza da economia global.

"Os ganhos de eficiência da última década e o fortalecimento do ambiente econômico global estão equilibrando o preço elevado do combustível", afirmou o diretor geral da Iata, Giovanni Bisignani, durante reunião anual da associação, em Cingapura.

"Mas com uma margem de lucro ínfima de 0,7 por cento, há pouco espaço para se lidar com novos choques", acrescentou.

A previsão de lucro das companhias aéreas pela Iata, de 4 bilhões de dólares em 2011, se compara à estimativa anterior de ganho de 8,6 bilhões de dólares feita em 2 de março, pouco antes do terremoto no Japão ter disparado uma crise nuclear no país. Desde então, levantes políticos em países árabes se espalharam e os preços do petróleo passaram a ser negociados acima dos 100 dólares o barril.

A nova expectativa também marca uma queda de mais de 75 por cento em relação ao lucro da indústria estimado para 2010, que foi elevado de 16 bilhões para 18 bilhões de dólares.

Economistas afirmam que o cenário da indústria é um referencial sobre o estado da recuperação dos mercados desenvolvidos e crescimento nas economias emergentes, que contam pesadamente com o transporte aéreo.

A Iata estima um barril de petróleo a 110 dólares o barril em média em 2011, alta de 15 por cento sobre os 96 dólares de 2010, incentivando as companhias aéreas a aumentarem preços de passagens ou taxas de combustíveis para cobrir aumento de custos.

A entidade informou que prevê que a capacidade das companhias aéreas cresça 5,8 por cento em 2011, acima da expansão de 4,7 por cento esperada para a demanda. A diferença de 1,1 ponto percentual é maior que a de 0,3 ponto da estimativa anterior da Iata.

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