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Brasília – O crescimento do lucro das empresas no ano passado ainda se reflete na arrecadação de impostos deste ano. Entre janeiro e março, o recolhimento de tributos federais soma R$ 102,768 bilhões, um recorde para o período. Corrigido pela inflação, o valor chega a R$ 103,104 bilhões, aumento de 10,16%.

"Houve aumento do lucro nas empresas e as cotas do Imposto de Renda pagas em janeiro, fevereiro e março mostram que houve crescimento efetivo de recolhimento a partir do balanço de ajuste das empresas", disse Carlos Alberto Barreto, secretário-adjunto da Receita Federal.

Desde janeiro a Receita constatou que as empresas estavam antecipando o pagamento do IR da declaração de ajuste. Elas podem fazer o pagamento até o final de março, mas o valor do imposto é corrigido pela taxa básica de juros, a Selic. Por essa razão, elas analisam se é melhor pagar antes e ter um gasto menor com juros ou se é mais rentável aplicar o dinheiro e pagar apenas no vencimento.

No acumulado dos três primeiros meses do ano, a arrecadação do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) cresceu 17,05% e da CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido), 15,09%. Além do pagamento antecipado, houve também um aumento dos depósitos judicias.

No entanto, mesmo excluindo esses dois fatores considerados atípicos, a arrecadação desses dois tributos que estão ligados ao lucro das empresas cresceu 9,7% no ano, o que indica maior lucratividade também neste ano.

Outro fator que contribuiu para o aumento da arrecadação no ano foi o IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física). A Receita constatou um aumento dos pagamentos de depósitos judicias, que é quando o contribuinte paga, mas contesta o valor pago, dos ganhos na alienação de bens e dos ganhos em operações na Bolsa de Valores.

Super-Receita

A Receita Federal do Brasil (RFB), que englobará a Secretaria da Receita Federal e a Secretaria da Receita Previdenciária, vai começar a funcionar de forma integrada em 2 de maio, informou ontem o governo federal. O novo órgão foi criado pela Lei 11.457, de 16 de março deste ano.

Subordinada ao Ministério da Fazenda, a nova estrutura permitirá, segundo o governo, maior eficiência da administração tributária federal pela simplificação de processos de fiscalização. Caberá à RFB, apelidada de Super-Receita, a responsabilidade pela administração tributária e aduaneira dos principais tributos federais, além de contribuições previdenciárias.

A nova secretaria será formada por cerca de 30 mil servidores, sendo 20 mil da Receita Federal e 10 mil da Receita Previdenciária. Eles vão utilizar base de dados comum que permitirá atendimento integrado dos contribuintes, em um mesmo espaço físico, além de facilitar a escolha dos que devem ser fiscalizados.

Segundo o governo, entre os benefícios imediatos para os contribuintes pessoas físicas e jurídicas está a emissão de uma única certidão de débitos tributários e previdenciários.

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